quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CATEGORIAS BÁSICAS DA NARRATIVA


Segundo Benjamim Abdala Júnior o texto narrativo pode ser divido em várias categorias:
1- Foco Narrativo: Ponto ou Ângulo através do qual o narrador nos conta a história. Cada narrativa vai ter um foco narrativo dominante , que circunscreve e delimita os demais.
1.1- Foco dominante: Aparece no primeiro parágrafo
1.2- Tipos de focos narrativos:
a) Onisciência do autor: o narrador comporta-se como um deus: está em todos os lugares e em todas as épocas . Conhece o que esta dentro das personagens e o seu contesto histórico (3ª Pessoa)
b) Onisciência neutra: o narrador domina todo o universo ficcional, mas procura criar a ilusão de que não interfere na história. O narrador não faz comentários explícitos (3ª pessoa)
c) “Eu” como testemunha: foco de 1ª pessoa, onde o narrador é uma personagem de menor relevo e que relata fatos ocorridos com a personagem central.
d) “Eu” como protagonista: o narrador é o protagonista da ação; ele conta, em 1ª pessoa, fatos relacionados com ele mesmo.
e) Modo dramático: há o desaparecimento da figura do narrador; lemos o texto como se estivéssemos assistindo uma peça de teatro
2- Personagem

2.1- Personagens Simples e Complexas:
a) Personagens simples : comportamento previsível predicação direta.
b) Personagens complexas: comportamento imprevisível predicação indireta e ambígua
2.2- Personagens Planas e Redondas:
a) Personagens Planas: são as simples, estáticas não se transformam na narrativa. São os tipos .
b) Personagens Redondas: são as caracterização complexas, imprevisíveis e de predicação que vem aos poucos. Apresenta complexidade psicológica, pede focalização interna.

2.3- Funções das personagens:
a) Protagonista ou personagem sujeito: personagem central da narrativa, o sujeito da ação. Os conflitos desenvolvem-se em torno dela, que é o ponto de referencia para as alianças e confrontos entre as personagens.
b) Oponente: personagem secundário que coloca obstáculos à ação da personagem protagonista. Um caso particular de oponente é a antagonista: além de colocar obstáculos à concretização dos desejos e objetivos da protagonista, disputa o mesmo objetivo pretendido pela protagonista.
c) Adjuvante: Personagem secundário que auxilia a personagem protagonista, na busca de seu objetivo.

3- Espaço

3.1-Espaço referencial: o espaço real usado para a realidade do texto;
3.2-Espaço textual: palavras escritas que provocam no leitor o chamado “efeito do real”;
3.3-Representação do espaço:
a) Simultânea: espaço e ação ocorrem ao mesmo tempo (cinema).
b) Sucessiva : a construção do espaço interrompe a narrativa.

4- Tempo

4.1- Tempos externos à narrativa
a) Tempo do escritor: tempo histórico da vida do escritor que interfere na organização da sua narrativa pela presença dos valores da sua época e pela mudança desses valores ao curso de sua vida.
b) Tempo do leitor: a narrativa é lida também conforme os valores da época do leitor.
c) Tempo histórico: a história contada pelo narrador poderá se situar ou não na época do escritor.
4.2- Tempos internos da narrativa
a) O tempo da história:
a.1) Cronológico: sucessão cronológica de eventos explicitada pelo narrador ou deduzida pelo leitor;
a.2) Psicológico: é o templo cronológico distorcido em função das vivências subjetivas das personagens
b) Tempo do discurso: é a representação narrativa do tempo da história.

O AUTOR , SUA OBRA E SEU TEMPO.-FERNANDO SABINO

FERNANDO Tavares SABINO nasceu em Belo Horizonte, a 12 de outubro de 1923., filho de Domingos Sabino, procurador de partes e representante comercial, e sua mãe, Odette Tavares Sabino, t’pica doa de casa e mãe mineira. Fernando era o caçula e bastante mimado. Fez o jardim da infância no Delfim Moreira, o curso primário no Grupo Escolar Afonso Pena e o secundário no Ginásio Mineiro, em Belo Horizonte. Ingressou na faculdade de direito em 1941. terminando o curso em 1946 na Faculdade Federal do Rio de Janeiro. Em 1944, quando estava no terceiro ano de faculdade, mudou-se para o Rio de Janeiro e foi nomeado oficial do Registro de Interdições e Tutelas. Mas não levou a sério sua atividade de estudante de Direito. Nunca foi se quer buscar o diploma de bacharel.
Fernando era o protótipo do bom menino: escoteiro exemplar (dos 9 aos 13) ; campeão mineiro de natação nado de costas, por uns quatro anos; jovem escritor de contos desde os treze anos; e, eventualmente, o primeiro da classe. Às vezes, deixava transparecer em crônicas que não valeu a pena ser tão prendado. Aos 13 anos escreveu seu primeiro trabalho literário, uma história policial publicada na revista Argus, da polícia mineira. Passou a escrever crônicas sobre rádio, com que concorria a um concurso permanente da revista Carioca, do Rio: quando era premiado, recebia cinco mil reis. Uniu-se logo a Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, moravam em Belo horizonte e são amigos de Fernando desde o tempo de escoteiros até hoje. Em Belo Horizonte, os quatro moravam próximos uns dos outros: Fernando, na praça da Liberdade; Hélio, na rua Bernardo Guimarães; Paulo, na avenida Paraúna, que hoje se chama Getúlio Vargas, e Otto na rua Alagoas. Andavam o tempo todo. Podia-se fazer o percurso desses quatro endereços a pé, no máximo num quarto de hora. , Ainda na adolescência publicou seu primeiro livro, "Os Grilos Não Cantam Mais" (1941), composto de contos a que hoje não dá importância – sem motivo, pois eram muito bons para a idade e já delineavam o escritor que viria a ser. Enviou um exemplar a Mario de Andrade.e ele escreveu-lhe uma carta elogiosa, dando início à fecunda correspondência entre ambos. Anos mais tarde, publicaria as cartas do escritor paulista em livro, sob o título "Cartas a um Jovem Escritor" (1982). Em 1944 publica a novela "A Marca" e muda-se para o Rio.
Em 1946 vai para Nova York viajando no mesmo avião com Vinícius de Moraes. Foi para os Estados Unidos ser auxiliar do escritório comercial do Brasil em Nova York. De.sua estada lá, destaca algumas coisas importantes, tais como: aperfeiçoar o inglês, tomar conhecimento mais intimo com a obra de escritores de língua inglesa, ouvir jazz, aprofundar e aproveitar ao máximo a convivência com o compositor Jayme Ovalle, que lá vivia. Num sensível artigo “Suíte Ovalliana” (de Gente), Fernando Sabino presta testemunho de grandeza de alma de Ovalle, Neste período escreveu crônicas semanais sobre a vida americana que enviava regularmente para jornais brasileiros, muitas delas incluídas em seu livro "A Cidade Vazia" (1950). Em 1947 escreveu as novelas que compõe “A Vida Real” (publicado em 1952), texto muito voltados para uma preocupação de ordem literária, com muita especulação e muita perquirição. Resolveu escrever para fazer uma higiene Mental de pura brincadeira, sem a menor intenção de publicar e sem menor compromisso com a literatura, um livro que não teria fim. Escreveu umas sessenta páginas e parou. Às vezes, pensava em retomar, mas não ia para frente Anos mais tarde, Fernando mostrou o que já havia escrito à “mui nobre, distinta e formosa senhora dos seus afetos, dona Lygia Marina de Sá Leitão Pires de Moraes, de cujos seu coração é cativo” e a quem o livro acabou sendo dedicado. Ela adorou o trabalho e o entusiasmou a prosseguir. Incentivado, reescreveu o livro todo em dezoito dias. Sucesso de público e de crítica, “O Grande Mentecapto” acabou recebendo, em outubro de 1980, o Prêmio Jabuti. Em 1989 o livro serviria de argumento para um filme de igual sucesso, dirigido por Oswaldo Caldeira.
Em 1954 "Lugares-Comuns - Dicionário de Lugares-Comuns e Idéias Convencionais", como complemento à sua tradução do dicionário de Flaubert. Com "O Encontro Marcado" (1956), primeiro romance, abre à sua carreira um caminho novo dentro da literatura nacional.
Apesar de não ser militante político, Fernando Sabino viajou por todo o Brasil como auxiliar de Juarez Távora, candidato à presidência em 1955. Em 1963, foi nomeado redator do serviço público, em decorrência de colaboração regular que lhe encomendavam a Rádio Ministério da Educação e a Agência Nacional.. Morou em Londres de 1964 a 1966 e foi adido cultural da embaixada do Brasil em Londres, mantendo na BBC um programa semanal com a leitura de crônicas de sua autoria e tornou-se editor com Rubem Braga (Editora do Autor, 1960, e Editora Sabiá, 1967). Seguiram-se os livros de contos e crônicas "O Homem Nu" (1960), "A mulher do vizinho" (1962, prêmio Fernando Chinaglia do Pen Club do Brasil), "A Companheira de Viagem" (1965), "A Inglesa Deslumbrada" (1967), "Gente I e II" (1975), "Deixa o Alfredo Falar" (1976), "O Encontro das Águas" (1977), "A Falta que Ela Me Faz" (1980) e "O Gato Sou Eu" (1983). Com eles veio reafirmar as suas qualidades de prosador, capaz de explorar com fino senso de humor o lado pitoresco ou poético do dia-a-dia, colhendo de fatos cotidianos e personagens obscuros verdadeiras lições de vida, graças e beleza.
Viajou várias vezes ao exterior, visitando países da América, da Europa e do Extremo Oriente e escrevendo sobre sua experiência em crônicas e reportagens para jornais e revistas. Passa a dedicar-se também ao cinema, realizando em 1972, com David Neves, em Los Angeles, uma série de minidocumentários sobre Hollywood para TV Globo. Funda a Bem-te-vi Filmes e produz curtas-metragens sobre feiras internacionais em Assunção (1973), Teerã (1975), México (1976), Argel (1978) e Hannover (1980). Produz e dirige com David Neves e Mair Tavares uma série de documentários sobre escritores brasileiros contemporâneos.
Publicou ainda "O Menino no Espelho" (1982), romance das reminiscências de sua infância, "A Faca de Dois Gumes" (1985), uma trilogia de novelas de amor, intriga e mistério, "O Pintor que Pintou o Sete", história infantil baseada em quadros de Carlos Scliar, "O Tabuleiro de Damas" (1988), trajetória do menino ao homem feito, e "De Cabeça para Baixo" (1989), sobre "o desejo de partir e a alegria de voltar" - relato de suas andanças, vivências e tropelias pelo mundo afora.
Em 1990 lançou "A Volta por Cima", coletânea de crônicas e histórias curtas. Em 1991 a Editora Ática publicou uma edição de 500 mil exemplares de sua novela "O Bom Ladrão" (constante da trilogia "A Faca de Dois Gumes"), um recorde de tiragem em nosso país. No mesmo ano é lançado seu livro "Zélia, Uma Paixão". Em 1993 publicou "Aqui Estamos Todos Nus", uma trilogia de ação, fuga e suspense, da qual foram lançadas em separado pela Editora Ática, as novelas "Um Corpo de Mulher", "A Nudez da Verdade" e "Os Restos Mortais". Em 1994 foi editado pela Record "Com a Graça de Deus", leitura fiel do Evangelho, segundo o humor de Jesus. Em 1996 relançou, em edição revista e aumentada, "De Cabeça para Baixo", relato de suas viagens, "Gente", encontro do autor ao longo do tempo com os que vivem "na cadência da arte". Também em 96, a Editora Nova Aguilar Publicou em 3 volumes a sua "Obra Reunida". Em 1998 a Editora Ática lançou em separado a novela "O Homem Feito", do livro "A Vida Real", e "Amor de Capitu", recriação literária do romance "Dom Casmurro" de Machado de Assis. E ainda em 1998, além de "O Galo Músico", contos e novelas da juventude à maturidade, do desejo ao amor, a Record editou, com grande sucesso de crítica e de público, o livro de crônicas e histórias "No Fim dá Certo" - se não deu certo é porque não chegou ao fim. Também pela Record lança "A Chave do Enigma", onde diante do desafio da esfinge prefere ser devorado.
Em julho de 1999 recebeu da Academia Brasileira de Letras o maior prêmio literário do Brasil, "Machado de Assis", pelo conjunto de sua obra. O valor do prêmio, R$40.000,00, foi doado pelo autor a instituições destinadas a crianças carentes. O desembargador Alyrio Cavallieri, ex-juiz de menores, revelou que em 1992, todos os direitos recebidos pelo autor do polêmico livro "Zélia, uma paixão" também foram distribuídos a crianças pobres.

O BAILE




Levei um monte de tempo me vestindo. Não tinha roupa que servisse. Não gosto de festas, bailes menos ainda. A Morecy faz 13 anos. Eu não sei que roupa a gente tem que pôr quando a melhor amiga da gente faz 13 anos. Pra falar a verdade, preferia ter pego uma gripe e curtido febre na cama. Não pus o vestido verde porque fico com cara de defunto. O amarelo ficou dançando, acho que emagreci. Como sempre, acabei indo com o xadrezinho, que é meio manjado, mas me sinto bem.
Não consegui entrar em acordo com a minha cara no espelho. Não gosto do meu cabelo liso e muito fino. Nem da minha cara sem pó-de-arroz. Mas também de pó-de-arroz não fico bem.
Acho que levei umas duas horas me aprontando. Cheguei tarde, todo mundo já estava lá. Tinha luz negra, um montão de gente dançando e eu encabulei vendo o Luiz do outro lado do salão, conversando com os amigos.
Fiquei de pé também, falando com a Maria Luíza, aquela bem alta que todo mundo tira sempre para dançar porque é linda, parece a Dominique Sanda. Pegamos uns copos com guaraná e ficamos bebendo, enquanto ela me contava a briga que tinha tido com a D. Rita. Depois nós fomos dançar sozinhas mesmo. E na quarta música o Luiz veio falar comigo.
Foi daí que a gente saiu pro terraço e ele perguntou se eu gostava mesmo dele. Disse que sim. E é verdade, eu gosto um pouco dele. Então ele disse que se eu gostava mesmo era pra eu dar um beijo nele. Eu dei, no rosto. Ele disse que ali não valia, tinha que ser na boca. Ele falava e sorria, mas eu percebi que ele estava um pouco sem jeito, porque toda hora olhava pros lados, pra ver se não vinha ninguém.
Daí ele pegou na minha mão e depois me abraçou e ficou alando que gostava muito de mim, que eu tinha um cabelo bem macio, e eu pensei que poderia ser macio, mas era fino e liso demais. Daí ele disse que não gostava de menina que usava pintura, que ficava com cara de palhaço e que eu era bem natural. Foi bem essa a palavra que ele usou : natural. Achei engraçado falar assim, mas também achei legal ele falar desse jeito. Aí ele foi chegando, me beijando o cabelo, a testa, descendo pelo nariz e eu deixando porque vinha subindo em mim um calor gostoso, uma espécie de moleza que eu nunca tinha sentido antes...
(Mirna Pinsky. Iniciação. Belo Horizonte, Comunicação, 1980)


1) Quem é a principal personagem do texto ? Dê algumas de suas características.


2) Como essa personagem se sente em relação à festa ?


3) Qual é a auto-imagem da narradora do texto ? Justifique sua resposta.


4) Por que a narradora demora “umas duras horas”para se arrumar para a festa ?


5) Qual o sentimento que a narradora precisou vencer para ir ao baile ?


6) Qual foi o grande acontecimento na festa ?


7) Para a narradora, valeu a pena ir à festa ?


8) Que outro título você daria ao texto ?


9) Quais as qualidades que você espera encontrar em um namorado ou namorada ?



RESPOSTAS
1) É uma adolescente que não gosta de festas. Ela sente-se um pouco insegura e indecisa
2) Ela a vê como um problema. Resiste muito à idéia de ir pois não se sente bonita para a festa.
3) A auto-imagem da narradora é muito negativa, ela só vê seus defeitos e ignora suas qualidades.
4) Porque ela está insegura, não encontra a roupa ideal para a ocasião.
5) A narradora precisou vencer o medo, a insegurança.
6) Foi o beijo entre Luiz e a narradora.
7) Sim, pois ela conversou sobre seus sentimentos com Luiz, por quem nutria afeto.
8) Pessoal
9) Pessoal

Um breve conceito e termo epifânico




O termo português epifania deriva do grego epiphaneia que significa ‘aparição’; no Novo Testamento este termo está presente, o encontramos, por exemplo, nesta passagem:
". Graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos, e que é manifesta agora pela aparição (epiphaneia) de nosso Salvador Jesus Cristo" (2 Tim. 1:9,10).
Referia-se à chegada de um rei ou de um imperador. Tinha também o significado de "grande passo" para a notoriedade.
Com significado religioso, refere-se às manifestações de Deus na história do homem. No Antigo Testamento, é expressa pelo termo "teofania". No Novo Testamento, é usado para indicar as manifestações de Jesus em sua humanidade-divindade durante Seu batismo, nas núpcias de Caná e, especificamente nesta solenidade, aos Magos: "...eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém perguntando: onde está o rei dos judeus? Vimos sua estrela no Oriente... A estrela que tinham visto no Oriente ia à frente deles até parar sobre o lugar onde estava o menino... E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, caindo por terra, o adoraram..." (Mt 2,1ss).
James Joyce apropriou-se do conceito de epifania e secularizou-o, dando-lhe uma conotação essencialmente literária que, entretanto se institucionalizou no vocabulário crítico. A definição joyceana é largamente conhecida e frequentemente citada, embora surja apenas em Stephen Hero (edição e introdução de Theodore Spencer, Jonathan Cape, London, 1948), uma primeira versão de A Portrait of the Artist as a Young Man que é consensualmente considerada de inferior qualidade, foi rejeitada pelos editores, e o próprio autor não quis, posteriormente, que fosse publicada. Joyce apresenta o conceito nos seguintes termos: “Por epifania ele referia-se a uma súbita manifestação espiritual, presente quer na banalidade da fala ou do gesto quer num estado memorável da própria mente. Na sua opinião, cabia ao homem de letras registrar estas epifanias com um cuidado extremo, visto tratarem-se dos mais delicados e evanescentes dos momentos(…)” [itálicos nossos] (188) Stephen Hero, o protagonista do romance com o mesmo nome, glosa e adapta nesta passagem o terceiro elemento da definição de beleza de S. Tomás de Aquino – claritas. Como ele próprio explica, atribui a este termo um significado metafórico, interpretando-o como quidditas – que traduz por “radiance”. Os primeiros dois elementos – integritas e consonantia - são traduzidos na obra acima referida por “integrity” e “symmetry” (idem, p.189), enquanto no Portrait, os termos preferidos por Joyce são “wholeness” e “harmony”. De qualquer forma, os seus significados não diferem grandemente: no primeiro momento, o objecto destaca-se, definindo inequivocamente as suas fronteiras com o vazio momentâneo que constitui o não-objecto; em seguida, as partes que o constituem são analisadas, sendo percepcionada a simetria que o compõe; finalmente, como resultado de uma clara apreensão da forma do objecto, é operada uma síntese: “a sua alma, a sua materialidade ou essência [whatness] é projectada para fora das vestes da sua aparência, na nossa direcção” (idem,190). É este então o momento da epifania.
Na epifania, pelo contrário, é o objecto ele próprio que é revelado. Dito isto, importa reter alguns pontos essenciais da argumentação de Langbaum: primeiro, que o dito “psicologismo” ou subjectividade dos românticos - herdado em parte pelos modernistas - não se opõe necessariamente a um confronto com o real, sendo a epifania um dos pontos de encontro; em segundo lugar, este conceito é um dos marcos na transformação da prosa que ocorreu a partir de finais do século XIX, e sobretudo no primeiro quartel do séc. XX – a procura sistemática de formas de organização alternativas à linearidade do enredo. Neste processo, a poesia foi uma das fontes de “inspiração”, o que levou a que se fale do género “romance lírico”.
Os modernistas se relacionam com o conceito de epifania. As narrativas teriam de ser flexíveis o suficiente para apreender as óbvias e constantes metamorfoses do real, mas procuravam também pontos de referência que servissem de contraponto a essa fluidez (e que, em última análise, tornam os romances “legíveis” de alguma forma). Por outras palavras, a “democratização” de que se falou não implica um tecido narrativo indiferenciado. Mesmo uma prosa em muitos aspectos tão oposta à de Joyce como o é a de Virginia Woolf, com uma ênfase notório na fluidez dos pontos de vista, apresenta sistematicamente pausas que funcionam quase como chaves de leitura: “iluminações, fósforos que se acendem inesperadamente no escuro” (To the Lighthouse, p. 176). A epifania é um instrumento de revelação, que suspende o devir e se destaca dele. O momento, ainda que efémero, é registado - prende a atenção - e dessa forma prolonga o seu significado, permeia o resto do texto e fornece nós privilegiados de significado ao leitor.



terça-feira, 5 de julho de 2011

¿En donde tuvo origen el alfabeto?

Un poco de la historia : Origen el alfabeto

Nadie, en verdad, sabe a punto fijo en dónde tuvo su origen el alfabeto, porque se fue formando gradualmente, con tantas otras invenciones. Pero consta positivamente que no es obra exclusiva de ningún hombre ingenioso que lo compusiera de una vez al primer intento, o en varias; y también se sabe perfectamente que el alfabeto empezó con figuras. Así como un niño aprende y lee cosas por medio de figuras, o representaciones, cuando aún no sabe leer las letras, del propio modo, los hombres solían leer y escribir por medio de imágenes; y éstas fueron simplificándose gradualmente, hasta que al fin pudieron ser utilizadas fácilmente coco lo son hoy nuestras letras. Hace muchísimos siglos que los egipcios se servían ya de dos clases de escrituras. Los sacerdotes empleaban el sistema antiguo que era el de imágenes o figuras y se llamaba escritura sacra o jeroglífica. El vulgo se servía de una clase de escritura diferente y más moderna, en la cual los jeroglíficos se habían convertido en letras. En 1940 se intentó en vano leer la antigua escritura sacra de los egipcios, compuesta de figuras. Se descubrió luego la maravillosa piedra llamada Roseta y se averiguó que tenía escrita en su superficie la misma inscripción repetida tres veces, una era en jeroglíficos, otra en letras y la tercera en griego. Esto dio la clave de la escritura jeroglífica que hoy puede fácilmente leerse.

(Extraído de www.estarinformado.com.ar)

La lengua española:

El español es hoy la lengua oficial y de cultura de más de 300 millones de hablantes.
Ocupa el quinto lugar entre las grandes lenguas del mundo; sólo la superan en número de hablantes el chino, el inglés, el indostaní, y el ruso; y es la lengua de mayor prestigio e importancia, después del inglés, en las relaciones internacionales, y en actividades políticas, económicas, sociales y culturales del mundo occidental.
Es, asimismo, el idioma románico (procedente del latín) más difundido en el mundo.
Es la lengua oficial de más de veinte países y/o repúblicas: España, México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Cuba, República Dominicana, Puerto Rico, Venezuela, Colombia, Ecuador, Perú, Bolivia, Paraguay, Uruguay, Chile, Argentina, Filipinas y Guinea Ecuatorial. (...)
El español que hoy hablamos es la lengua que nace en Castilla en la época medieval, hace más de diez siglos, como resultado de la evolución del latín, hablado en España desde la romanización (280 a.C.), a través de un largo proceso de transformación. Por ello, nuestra lengua ha tenido, y tiene todavía hoy, dos nombres: castellano (lengua que nace en Castilla) y español (lengua de España, y, posteriormente, de otros muchos países, como ya ha quedado anotado) que han alterado en su denominación a lo largo de su historia.
Hay que destacar, aunque sea triste, que esta alternancia de términos para hablar de una misma lengua no se da en ninguna otra lengua de extensión mundial.
Incluso, esta alternancia de los términos castellano / español no ha estado ausente casi nunca de interpretaciones polémicas y de otras muchas valoraciones, en las que se mezclan cuestiones históricas y lingüísticas de difícil y complicada interpretación.
En la actualidad, la RAE (Real Academia Española) prefiere utilizar el término español, que es el nombre que aparece en su Gramática a partir de la edición de 1931, aunque hasta la edición de la Gramática de 1927 mantenía el término castellano.
También hoy en día, los gramáticos y la mayor parte de los estudiosos e intelectuales prefieren utilizar el término español; y es que nuestra lengua ya no es el castellano de Castilla, sino que, sin dejar de serlo, es una lengua evolucionada: el español, en el que participan resto de lenguas de otras muchas regiones de España y América, como también estas regiones participan de la cultura de España.
MOZAS, Antonio B. Gramática Práctica.
Madrid: EDAF, 1999, pp. 24-26.

hoy – hoje todavía – ainda
hablar – falar / hablantes – falantes ha quedado – ficou
sólo – somente hay que – é preciso
indostaní – língua indo-européia falada na Índia e no Paquistão. aunque – ainda que ou embora
asimismo – igualmente ou também incluso – inclusive
hace – faz ha estado – esteve
siglos – séculos valoraciones – valorações, valorizações
largo – longo ou comprido / a lo largo – ao longo hasta – até
ello – isto ou isso sino que – mas sim ou e sim
he tenido – teve evolucionada – evoluída

La lengua española:

El español es hoy la lengua oficial y de cultura de más de 300 millones de hablantes.
Ocupa el quinto lugar entre las grandes lenguas del mundo; sólo la superan en número de hablantes el chino, el inglés, el indostaní, y el ruso; y es la lengua de mayor prestigio e importancia, después del inglés, en las relaciones internacionales, y en actividades políticas, económicas, sociales y culturales del mundo occidental.
Es, asimismo, el idioma románico (procedente del latín) más difundido en el mundo.
Es la lengua oficial de más de veinte países y/o repúblicas: España, México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Cuba, República Dominicana, Puerto Rico, Venezuela, Colombia, Ecuador, Perú, Bolivia, Paraguay, Uruguay, Chile, Argentina, Filipinas y Guinea Ecuatorial. (...)
El español que hoy hablamos es la lengua que nace en Castilla en la época medieval, hace más de diez siglos, como resultado de la evolución del latín, hablado en España desde la romanización (280 a.C.), a través de un largo proceso de transformación. Por ello, nuestra lengua ha tenido, y tiene todavía hoy, dos nombres: castellano (lengua que nace en Castilla) y español (lengua de España, y, posteriormente, de otros muchos países, como ya ha quedado anotado) que han alterado en su denominación a lo largo de su historia.
Hay que destacar, aunque sea triste, que esta alternancia de términos para hablar de una misma lengua no se da en ninguna otra lengua de extensión mundial.
Incluso, esta alternancia de los términos castellano / español no ha estado ausente casi nunca de interpretaciones polémicas y de otras muchas valoraciones, en las que se mezclan cuestiones históricas y lingüísticas de difícil y complicada interpretación.
En la actualidad, la RAE (Real Academia Española) prefiere utilizar el término español, que es el nombre que aparece en su Gramática a partir de la edición de 1931, aunque hasta la edición de la Gramática de 1927 mantenía el término castellano.
También hoy en día, los gramáticos y la mayor parte de los estudiosos e intelectuales prefieren utilizar el término español; y es que nuestra lengua ya no es el castellano de Castilla, sino que, sin dejar de serlo, es una lengua evolucionada: el español, en el que participan resto de lenguas de otras muchas regiones de España y América, como también estas regiones participan de la cultura de España.
MOZAS, Antonio B. Gramática Práctica.
Madrid: EDAF, 1999, pp. 24-26.

hoy – hoje todavía – ainda
hablar – falar / hablantes – falantes ha quedado – ficou
sólo – somente hay que – é preciso
indostaní – língua indo-européia falada na Índia e no Paquistão. aunque – ainda que ou embora
asimismo – igualmente ou também incluso – inclusive
hace – faz ha estado – esteve
siglos – séculos valoraciones – valorações, valorizações
largo – longo ou comprido / a lo largo – ao longo hasta – até
ello – isto ou isso sino que – mas sim ou e sim
he tenido – teve evolucionada – evoluída

sábado, 2 de julho de 2011

Pablo Neruda (Últimos Poemas)



Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda (Últimos Poemas)

Gêneros Discursivos



Olá...
Quanto tempo sem postagem...
Estou de volta, e assim mais generos discursivos...
Vale lembrar que os Gêneros Discursivos
sob a visão baktiniana é a de que tudo o que comunicamos
só se faz possível através de gêneros (Bakhtin, [1979] 2000:281). Com o advento da
tecnologia e desenvolvimento de novos meios de comunicação na sociedade, tem
havido também o surgimento de novos gêneros, algumas vezes chamados de gêneros
emergentes (Trosborg, 2000), tais como, por exemplo, o e-mail.
Então...através desse blog..vamos nos comunicar...de tudo um pouco.
abs,
Dani*-*

terça-feira, 26 de abril de 2011

A útima crônica - a ultima cronica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

Fernando Sabino

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

VERBO SER

Yo → ____________
Tú → ____________
Él → es
Ella
Usted
Nosotros(as) → ____________
Vosotros(as) → ____________
Ellos(as) → son
Ustedes


¡OJO! Hay expresiones que cambian de significado según vayan com ser ou estar.


Ser bueno = bondad
Ser malo = maldad
Ser listo = inteligente
Ser vivo = rápido de espírito
Ser rico = adinerado
Ser guapo = buen físico
Ser joven = edad
Ser negro = color de piel

Estar bueno = sano
Estar malo = enfermo
Estar listo = preparado
Estar vivo = no estar morto
Estar rico = sabroso
Estar guapo = modo de vestir
Estar joven = parecerlo
Estar negro = muy moreno


1. Complete os espaços com a forma correta dos verbos ser ou estar no presente do indicativo:
a) Mi hermana ____________ médica.
b) Aquellas frutillas _______ de Argentina.
c) Córdoba ________ una de las ciudades más bonitas de España.
d) ¿Dónde ________ tu casa?
e) Ten cuidado con Paco, pues __________ muy aburrido.
f) La próxima clase ________ el día 17 de febrero.
g) El hijo de Lucía_____________ muy vivo. A los seis años ya sabe leer.
h) Esta comida _______riquísima.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E VIVA A POESIA !

RECEITA de olhar
Nas primeiras horas da manhã
Desamarre o olhar
Deixe que se derrame sobre as coisas belas
O mundo é sempre novo
E a terra dança e acorda
Em acordes de sol

Faça do seu olhar imensa caravela

01.A poesia é uma outra forma que as pessoas encontram para manifestar suas idéias,sentimentos, opiniões e atingem a nossa sensibilidade.
• “desamarre o olhar” significa: ( 2 escores)
( ) livre-se das lembranças amargas e boas do passado.
( ) nas primeiras horas da manhã, procure elevar seu olhar a Deus.
( ) deixe o seu olhar mais solto, leve para que possa observar as coisas belas da vida.
( ) procure direcionar o seu olhar somente para as coisas que lhe agradem na vida.

RECEITA de acordar palavras
Palavras são como estrelas
facas ou flores
elas têm raízes pétalas espinhos
são lisas ásperas leves ou densas
para acordá-las basta um sopro
em sua alma
e como pássaros
vão encontrar seu caminho

02.No poema” Receita de acordar palavras”, as palavras são comparadas a:
(3 escores)
( ) pássaros, facas e pérolas
( ) estrelas, rios e pássaros
( ) estrelas, facas e flores
( ) flores, pássaros e pérolas
( ) facas, espinhos e plantas

Essa figura de linguagem chama-se ________________________


Receita de espantar a tristeza

Faça uma careta Depois estique os braços
E mande a tristeza Apanhe a primeira estrela
Pra longe pro outro lado e procure o melhor amigo
Do mar ou da lua para um longo e apertado abraço

Vá para o meio da rua
E plante bananeira
Faça alguma besteira

03.O eu poético nos sugere que façamos careta, plantemos bananeiras,façamos besteira. Sugere também que procuremos o melhor amigo para um longo e apertado abraço.
Roseana Murray nessa receita nos dá sugestões a respeito de espantar a tristeza. Pra você o que significa espantar a tristeza? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
04. O segundo verso das estrofes a seguir está incompleto.Escreva a palavra que melhor completa cada um desses versos procurando rimá-los.
As tias
“A tia Catarina A tia Dora
Cata a linha. Só ___________________

A tia Teresa A tia Maria
Bota a ________________ Dorme de _______________

A tia Ceição A tia Marta
Amassa o __________ corta a ____________________

A tia Lela A tia Fátima
Espia da _________________ Fecha a rima

05 “ Quando cheguei a Santiago
O outono fugia pelas alamedas
Feito um ladrão(...)” ( 3 escores)
Os versos desse poema são construídos com base em uma figura de linguagem.
a) Qual é essa figura? ____________________
b) Que efeito de sentido,o emprego dessa figura cria em relação a outono?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Diez Consejos para llevar una vida sana


Primero: El tópico de “mente sana, cuerpo sano”, como casi todos los tópicos, tiene mucho de cierto. Una vida sedentaria es una excelente manera de malograr la salud. Tampoco es aconsejable matarse haciendo gimnasia.

Segundo: También hay que prestarle atención a la mente. Una actividad mental continuada es muy estimulante y saludable. La pereza mental puede ser enfermiza.

Tercero: No somos máquinas. Trabajar es sano, dentro de unos límites prudentes. Es imprescindible descansar lo suficiente y no maltratarse.

Cuarto: La obesidad no sólo va contra la estética, sino sobre todo contra las más elementales normas de salud y bienestar. Lo más difícil es quitar los kilos acumulados. Por ello, mejor es no ganarlos.

Quinto: El alcohol y el tabaco están completamente prohibidos, así como el abuso de los estimulantes como el café. Un vasito de vino en las comidas puede ser sano.

Sexto: Las revisiones médicas periódicas son una buena medida preventiva. Son poco habituales entre nosotros pero es bueno empezar a pensar en ellas.

Séptimo: La alimentación debe ser sana y variada. No suele haber alimentos malos, sino excesos imprudentes. Lo mejor es comer de todo en una proporción equilibrada.

Octavo: Está demostrado que el optimismo y el buen ánimo son garantías de una vida larga y fructífera. Aprovechar lo mejor de la vida es también aprovecharla a tope.

Noveno: Tener amigos y amores es agradable y saludable. No pongas frenos a tu afectividad. Comunícate mucho y lo mejor que puedas.

Décimo: Sobre todo, no te obsesiones con la salud, que el principal objetivo es vivir. Estar sano para vivir, no vivir para estar sano.
(adaptado de El País) – octubre 2000



PÁGINAS DA VIDA








As páginas da vida são cheias de surpresas...
Há capítulos de alegria, mas também de tristezas,
Há mistérios e fantasias,
Sofrimentos e decepções...
Por isso, não rasgue páginas e nem solte capítulos,
Não se apresse a descobrir os mistérios.
Não perca as esperanças, Pois muitos são os finais felizes.
E nunca se esqueça do principal:
No livro da vida, o autor é Você.




(autor desconhecido)

El principito y el zorro – Capítulo XXI

— ¿Quién eres tú? — preguntó el principito. ¡Qué bonito eres!
— Soy un zorro — dijo el zorro.
— Ven a jugar conmigo — le propuso el principito —, ¡estoy tan triste!
— No puedo jugar contigo — dijo el zorro —, no estoy domesticado.
— ¡Ah, perdón! — dijo el principito.
Pero después de una breve reflexión, añadió:
— ¿Qué significa "domesticar"?
— Tú no eres de aquí — dijo el zorro — ¿qué buscas?
— Busco amigos. ¿Qué significa "domesticar"? — volvió a preguntar el principito.
— Es una cosa ya olvidada — dijo el zorro —, significa "crear lazos... "
— ¿Crear lazos?
— Efectivamente, verás — dijo el zorro. Tú no eres para mí todavía más que un muchachito igual a otros cien mil muchachitos. Y no te necesito. Tampoco tú tienes necesidad de mí. No soy para ti más que un zorro entre otros cien mil zorros semejantes. Pero si me domesticas, entonces tendremos necesidad el uno del otro. Tú serás para mí único en el mundo, yo seré para ti único en el mundo...
— Comienzo a comprender — dijo el principito —. Hay una flor... creo que ella me ha domesticado...
— Es posible — concedió el zorro —, en la Tierra se ven todo tipo de cosas.
— ¡Oh, no es en la Tierra! — exclamó el principito.
El zorro pareció intrigado:
— ¿En otro planeta?
— Sí.
— ¿Hay cazadores en ese planeta?
— No.
— ¡Qué interesante! ¿Y gallinas?
— No.
— Nada es perfecto -suspiró el zorro.
Y después volviendo a su idea:
— Por favor... domestícame — le dijo.
— Bien quisiera — le respondió el principito pero no tengo mucho tiempo. He de buscar amigos y conocer muchas cosas.
— Sólo se conocen bien las cosas que se domestican — dijo el zorro —. Los hombres ya no tienen tiempo de conocer nada. Lo compran todo hecho en las tiendas. Y como no hay tiendas donde vendan amigos, los hombres no tienen ya amigos. ¡Si quieres un amigo, domestícame!
— ¿Qué debo hacer? — preguntó el principito.
— Debes tener mucha paciencia — respondió el zorro —. Te sentarás al principio un poco lejos de mí, así, en el suelo; yo te miraré con el rabillo del ojo y tú no me dirás nada. El lenguaje es fuente de malos entendidos. Pero cada día podrás sentarte un poco más cerca...
El principito volvió al día siguiente.
— Hubiera sido mejor — dijo el zorro — que vinieras a la misma hora. Si vienes, por ejemplo, a las cuatro de la tarde; desde las tres yo empezaría a ser dichoso. Cuanto más avance la hora, más feliz me sentiré. A las cuatro me sentiré agitado e inquieto, descubriré así lo que vale la felicidad. Pero si tú vienes a cualquier hora, nunca sabré cuándo preparar mi corazón...
De esta manera el principito domesticó al zorro. Y cuando se fue acercando el día de la partida:
— ¡Ah! — dijo el zorro —, lloraré.
— Tuya es la culpa — le dijo el principito —, yo no quería hacerte daño, pero tú has querido que te domestique...
— Ciertamente — dijo el zorro.
— Y vas a llorar!, — dijo el principito.
— ¡Seguro!
— Adiós — le dijo.
— Adiós — dijo el zorro —. He aquí mi secreto, que no puede ser más simple: Sólo con el corazón se puede ver bien. Lo esencial es invisible para los ojos.
— Lo esencial es invisible para los ojos -repitió el principito para acordarse.
(Adaptado de El principito, de Antonie de Saint-Exupéry.)


Contesta las preguntas abajo, sobre el texto, en portugués.

(0,5) 1. Quienes son los personajes del texto?_____________________________________________________________

(1,0) 2. ¿Qué le pide el principito al zorro? _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________

(1,0) 3. Y el zorro, ¿qué le contesta? ¿Por qué? ______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

(1,0) 4. Explica lo que es que el zorro quiso decir con “domesticar”? _________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(1,0) 5. El zorro le pregunta al principito si en su país tiene gallinas y él contesta que no hay ninguna, luego el zorro comenta que “nada es perfecto”. Explica que es que el zorro quiso decir con el comentario.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(1,0) 6. Resumidamente, ¿cómo el principito debe domesticar al zorro?___________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(1,0) 7. Por qué el zorro dijo que llorará? __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(1,0) 8. Explica con tus palabras la frase: “Sólo con el corazón se puede ver bien; lo esencial es invisible para los ojos.”
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(1,0) 9. Justifica, basado en las reglas estudiadas, el empleo de las palabras subrayadas.

☻“yo te miraré con el rabillo del ojo y tú no me dirás nada”: _______________________________________________
______________________________________________________________________________________________
☻ “agitado e inquieto”: _______________________________________________________________________________
________________________________________________

INTERPRETAÇÃO

Destino

Era uma vez um menino que tinha uma mãe feminista. Lutava pelos direitos da mulheres, lutava pelo para botar os filhos na creche, lutava para ter os salários igual ao dos homens, lutava para conseguir pagar as contas, lutava para fazer o serviço da casa e trabalhar fora, e ainda tinha que lutar para ficar bonita e agradar ao marido! Era muita luta. Por isso, ele tinha um pouco de pena dela. No Dia da Mães o menino teve uma ideia: dar de presente para ela uma luva de boxe com um bilhete e um aviso: “Isso é para sua luta, mãe, agora eu queria começarei a minha”. E a partir daquele dia o menino jurou que ia lutar contra a discriminação dos meninos. E fazia o seu discurso dizendo: “Vocês já repararam no preconceito que existe contra os meninos? Não? Então pronunciem as frases em que aparece a palavra menino: ‘Sai daí menino!’, ‘Limpa o seu quarto, menino!’, ou, a pior de todas: ‘Você é muito menino para estar aqui!’.” Todos os meninos concordaram com ele, que acabou virando um líder meninista igualzinho à sua mãe feminista.
FRATE, Diléa. Destino. Ideias para acordar. São Paulo:Companhia das letrinhas,1996.p.48-9.

Pensar e responder:

1)Os leitores em geral ,levantam hipóteses de um texto com base em sua organização e em determinadas marcas linguísticas. Baseando-se na expressão: ‘Era uma vez...’, que gênero você imaginou que iria ler?
2)Qual é o gênero do texo? Explique.
3)Qual das alternativas apresenta a temática do texto? Justifique sua resposta.
(a)A luta pelos direitos da mulher e pela autonomia das crianças.
(b)A condenação do trabalho infantil
(c)O preconceito contra as mulheres.
(d)A discriminação contra as mulheres e crianças.
4)Qual é a relação entre o título do texto e a história?
5)O menino, personagem do texto, decide ir à luta:
a)Qual é o motivo de sua luta?
b)Para quem o menino discursava?
c)Quais eram os objetivos e intenções do menino?
d)Que tipo de argumentação ele usou para atingir seus objetivos?
6)A mãe transmitiu certos valores para o menino
a)Quais foram esses valores?
b)Alguém já ensinou a você valores que considera importantes? Quem? Quais são esses valores?
7)Descreva a mãe do menino.
8)Que sentimentos o menino tem em relação à mãe?
9)O que a luva de boxe simboliza?
10)Você já se sentiu incomodado por ser chamado de criança? Por quê?
11)Você acredita que as pessoas fazem seu próprio destino?
12)A atitude do filho em relação à mãe pode ser traduzida por um dos provérbios a seguir. Assinale-o e justifique sua resposta.
(a)Quem tudo quer tudo perde.
(b)Bom mestre, melhor discípulo.
(c)Casa de ferreiro espeto de pau.
(d)Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher.
13)O conto é organizado em apenas um parágrafo, mas apresenta dois momentos da vida das personagens. Quais são esses momentos? Identifique-os.