terça-feira, 21 de abril de 2009

Resenha da segunda parte (Direito à Literatura), do livro Vários Escritos , de Antonio Candido.

No curso da Pós , li esse livro do Antonio Candido, que nos remete a refletir sobre a literatura em nosso país; ora , nós educadores sabemos que nem todos tem o acesso . Abaixo está um recorte da minha resenha, vale a pena ler esse livro!


No texto “O direito à literatura”, de Antonio Candido , o autor faz uma aproximação entre direitos humanos e literatura. Inicia o texto com uma linguagem simples e direta , iniciando com uma linha do tempo para que assim possamos entender o por que da triste defasagem da Literatura em nosso país.
Diante dessa linha de estudo que o autor faz nos remete a refletir que diante de séculos os problemas sociais já existiam, e atualmente concordo também em dizer que está mais “fácil” obter soluções; estamos numa era onde o Homem descobre nova tecnologia a cada segundo e diante disso por que não melhorar a má distribuição de bens do país? Infelizmente na minha opinião os anos passam, a “tecnologia geral” cresce e fortalece , mas o Homem continua sendo individualista diante dos problemas que não sejam os seus, vale ressaltar que nem todo ser humano é assim, como diz o próprio Candido : ‘Mas de qualquer modo, no meio da situação atroz em que vivemos há perspectivas animadoras’.
Através dos meios de comunicação ficamos informados da calamidade em que vivem os pobres, podem sim melhorar o modo de viver, mas o que precisam talvez é oportunidade. Concordo com o pesquisador quando diz que ‘ talvez se possa falar de um progresso no sentimento do próximo’ ao ver essa realidade social nos meios de comunicação se confronta diante da polemica lei dos direitos humanos.
Segundo Candido, direitos humanos é aceitar que aquilo que é indispensável para mim, também o é para meu próximo. E não só direitos fundamentais como alimentação, água, moradia, emprego; também ter acesso a uma boa música e a uma literatura de qualidade. Seguindo por esse caminho, o autor ao expor a desigualdade social diz também que é uma das principais dificuldades em se exercitar os direitos humanos no país. Em suas linhas Candido nos faz mostrar e concordar com usas ideias socialistas , na qual , nos tempos de hoje, pode ser visto como um "movimento" que visa à justiça social, voltando novamente ao termo dos direitos humanos.
Seguindo pelas suas palavras fui deixando levar pela escrita do autor e percebe que ele tem razão e concordo com cada uma, pois não há como negar como a literatura foi e é responsável pelos atos da sociedade, ou seja, através desta muitos autores denunciaram ou descreveram os abusos aos pobres, crítica a burguesia e a classe dominante, a violência infantil e vários exemplos; cita inclusive os seus escritores e obras famosas como:“Os miseráveis”de Victor Hugo, “Oliver Twist” de Charles Dickens e Emile Zola ; os brasileiros José Lins do Rego , Rachel de Queiroz , Érico Veríssimo e tantos outros que fizeram sua luta através de suas obras. Inclusive são as mesmas que em sala de aula nós professores usamos como recurso para levar ao aluno um pouco da historia da sociedade fazendo –os entender muitas das vezes os problemas de hoje.
Candido ao dizer que nosso país com sua extrema desigualdade econômica há alguns governantes e pessoas que criam meios de levar a cultura aos povos carentes do mesmo. Completando ele nos remete a exemplificar a experiência de Jean Guéhenno mostrando que a boa literatura não tem distinção de classe, ela é universal.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

SUGESTÕES DE EXERCICIOS PARA AJUDAR AS CRIANÇAS A PERCEBEMOS RELAÇÕES ENTRE LETRAS E SONS:

1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-cocafaca-vaca menino-menina pato-patamel-fel pata-lata mata-mapa
2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.
3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:chapeuzinho netinho mata bobo chácharuto cestinho mala cabo fechadochata ninho cama lobo fechadurauma bucha
4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem
.5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.
6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.
7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.
Exemplos:Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?
barba - acabar - barbadoResposta: BAR
E nestas outras?mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo
Resposta: MAR
As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.
Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.
A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.
Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social.Referências bibliográficas:CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar. Editora Vozes,2005.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Dia do Livro...
Dia do livro, mas por que só livros? E só os livros impressos? São hoje tão démodé! E os livros eletrônicos? E blogs coerentes? E enciclopédias colaborativas? Saudemos a todos eles, se de qualidade forem!
Ora, livros, livros... Saudemos os livros com missão, os livros de guerrilha, de informação social, de conhecimento técnico, de História, de poesias feitas com arte, de enredos envolventes, de histórias capazes de nos transmutar. Os livros importantes.

Encher de vãs palavras muitas páginas

E de mais confusão as prateleiras.

Tropeçavas nos astros desastrada

Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas." (Caetano Veloso)

Dia do Livro Infantil


Em 18 de Abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil.
Esta data foi escolhida por ser o aniversário de José Bento Monteiro Lobato, o primeiro autor infantil brasileiro.Antes dele, as histórias para as crianças eram traduzidas.

Monteiro Lobato criou enredos que encantam os pequenos até hoje e o mais famoso deles é o Sítio do Pica-Pau Amarelo.



José Bento Monteiro Lobato


Monteiro Lobato era uma criança que adorava ler. Ele nasceu no dia 18 de abril de 1882, em Taubaté, interior de São Paulo e morou com seu avô, o Visconde de Tremembé. Na biblioteca da casa, ele lia de tudo, revistas, livros de literatura mundial. Aos nove anos, resolveu mudar seu nome, de José Renato Monteiro Lobato para José Bento Monteiro Lobato só para usar a bengala de seu pai, porque nela havia as iniciais JBLM gravadas.Foi da infância em Taubaté que Lobato buscou inspiração para seus livros e da crendice do povo do interior que surgiram personagens como o Saci, Narizinho, tia Nastácia e tantos outros.
Com Narizinho Arrebitado lança o Sítio do Picapau Amarelo e seus célebres personagens. Através de Emília diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa critica o sábio que só acredita nos livros já escritos. Dona Benta é o personagem adulto que aceita a imaginação criadora das crianças. Admitindo as novidades que vão modificando o mundo. Tia Nastácia é o adulto sem cultura que vê, no que é desconhecido, o mal, o pecado. Narizinho e Pedrinho são crianças de ontem, hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro.
E assim o pó de Pirlimpimpim continuará a transportar crianças do mundo inteiro ao Sítio do Picapau Amarelo, onde não há horizontes limitados por muros de concreto e por idéias tacanhas.
Em 4 de julho de 1948 perde-se esse grande homem, vítima de colapso, na capital de São Paulo.
Mas o que tinha de essencial, seu espírito jovem, sua coragem, está vivo no coração de cada criança. Viverá sempre, enquanto estiver presente a palavra inconfundível de “Emília”.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

CREPÚSCULO



PESSOAL COMECEI A LER ESTE LIVRO DEVIDO A FEBRE ENTRE OS JOVENS, PRINCIPALMENTE AS MENINAS..
QUANDO INICIEI A LEITURA NAO CONSEGUI PARAR...ESTOU NO ÚLTIMO LIVRO(NAO TEM AINDA NO BRASIL) A LEITURA NOS PRENDE MESMO .....ALIÁS QUEM NÃO GOSTARIA DE UM VAMPIRO DAQUELES??
Análise:
Primeiro, que tudo fique bem claro, Crepusculo é um livro direcionado para garotas.Partindo dessa verdade, podemos começar a pensar sobre o livro em si.
Crepusculo definitivamente não é um modelo de livro bem escrito conforme o bom uso do idioma, logo de inicio percebemos que este é aquele tipo de livro que leremos do mesmo modo que vemos uma seção da tarde ou uma Lagoa Azul, sem pretensão alguma.
O livro é todo em primeira pessoa e isso causa serios transtornos durante sua leitura por culpa da pieguisse da protagonista Isabella Swan, e este considero como sendo o maior defeito de Crepusculo.
Tal defeito infelizmente não é daqueles que consiguimos simplesmente ignorar, ele salta aos olhos sempre quando Isabella tenta pensar sobre sua "pobre e miseravel vida", a superficialidade e estupidez da protagonista é tanto que nós faz sentir raiva de todo aquele sentimento forçado e dependente.
Definitivamente, Isabella Swan é o cancer que faz crepusculo render muito menos do que poderia.Só que em contrapartida a fraquissima Protagonista, temos Edward Cullen. Tal personagem consegue ser a maior e melhor cartada da autora, seus dilemas e paradoxos, apesar de influenciados pelo Cancer Isabella Swan, conseguem realmente fazer algo que parecia jogado as traças em Crepusculo, dar carisma a um personagem.
Edward é a personificação do novo modelo de homem ideal para a maioria das mulheres (esta que vos escreve inclusa), sua aura eterea e forte conseguem criar um efeito atrativo único em matéria de personagens masculinos (historicamente quase sempre fracos e idiotas). Só que acontece que tal virtude de Crepusculo parece que foi ceifada pelas mãos do cinema, Edward que o livro mostra é aquele tipo de personagem impossivel de ser personificado por qualquer "humano", o Edward que o livro tenta mostrar somente consegue mostrar todo seu poder de fascinio se imaginado somente em nossas mentes. Como um anjo imaterial ao invés de um simples "pseudo-humano".
Moral da história ?Não vejam o filme antes de ler o livro.Leiam o livro sem pretensão.Tentem anular Isabella Swan de suas mentes.Se apaixonem por Edward Cullen.

VELHICE..........EITA VIDA (^_^)



VELHICE


Um pensador hindu sempre dizia:

“Pode o ancião ter os passos cambaleantes,
mas se no seu coração Deus reinar, ele jamais irá cair.”

O trabalhador de Deus não tem idade, tem responsabilidade.

A velhice não existe, quando é o Espírito quem domina a matéria.
Quem vive reclamando da própria velhice tem tempo
para observar o envelhecimento.

Os que trabalham não se lem­bram que estão ficando idosos.

Disse um jovem a um idoso: - Deve ser muito triste ficar velho.”
O idoso respondeu: - Deve. sim. principalmente quando somos jovens.”

Gostaria de dizer a todos os filhos de Deus:
a disciplina do trabalho é o elixir da longa juventude.

Como existem idosos jovens e jovens idosos!
É uma questão de escolha.

Desagradável é o homem de meia-idade considerar-se
incapaz de trabalhar porque se julga velho.

Quanto mais tra­balhar, mais rejuvenescerá,
pois o seu Espírito não terá tempo de lamentar as rugas que surgirem.
As rugas são demarcações dos fatos que ocorreram
no decorrer da nossa existência.

Ser idoso é ter guardado no coração muitas
lembranças e experiências de vida.
O idoso já andou muitas léguas, e feliz aquele que deixou
durante a caminhada para os mais jovens muitos belos exemplos.

O ancião e o jovem são filhos de Deus, lutando pela perfeição.

A mão enrugada do ancião afagou a mão do jovem e ambas
cantaram uma canção de respeito.

O jovem que não respeita os mais velhos está
caminhando para o futuro sem bagagens.

Quando jovem, perguntei ao meu pai: O que faço para não envelhecer?

Ele, sabiamente, respondeu-me:
Deixe de viver momentos bons e maus que nos levam ao futuro.

(Irene Pacheco Machado/Luiz Sérgio do livro: Ensina-me a falar de amor)

domingo, 12 de abril de 2009

BREVE RELATO DE GÊNEROS DISCURSIVOS


Qualquer texto é parte repetição, parte criação, e textos são lugares de tensão entre as pressões centrípeta e centrífuga, segundo Bakhtin. Textos variam de acordo com o peso relativo dessas pressões, dependendo de suas condições sociais, de modo que alguns textos serão relativamente normativos, enquanto outros serão relativamente criativos.
Pressões centrípetas resultam da necessidade de produzir um texto sob condições dadas, de duas classes: a língua e a ordem do discurso – isto é, uma estruturação particular e histórica de práticas discursivas (produção de texto). Mais concretamente, uma pessoa evidentemente tem que usar palavras portuguesas e suas estruturas frasais para produzir um texto em português, e tem que selecionar entre os gêneros e discursos disponíveis na ordem do discurso.
As pressões centrífugas advêm da especificidade de situações particulares de produção textual, o fato de que as situações não se repetem infinitamente, mas são, ao contrário, infinitamente inusitados e incertos em novos modos. Textos negociam contradições socioculturais e, mais frouxamente, as diferenças que se fundam nas situações sociais; de fato, eles constituem uma forma na qual os embates sociais são expressos em ações. Por exemplo, com respeito à função ideal, as pessoas lidam textualmente com contradições e diferenças em crenças, conhecimentos e representações. Com respeito à função interpessoal, textos negociam as relações sociais entre pessoas em circunstâncias de dúvida e contestação, e as pessoas tentam elaborar textualmente, em seus usos de linguagem, os dilemas que enfrentam na defesa de suas próprias identidades.
Os produtores de textos não têm nada além das convenções da língua e ordens de discurso como recursos para lidar com as pressões centrífugas, mas são capazes de usar esses recursos em novas formas, gerando, por exemplo, novas configurações de gêneros e discursos.

RECEITA DE ESCREVER POESIAS ,
DE FELIPE COELHO
Ingredientes: sonhos (quanto mais velhos,como pão dormido, melhor),
realidade(a melhor é a bem verdinha,brotando o dia inteiro)e a lembrança da primeira chuvatomada quando foi ao cinemacom o primeiro namorado.
Separe a realidade em porções iguaise coloque um pouco de sonhodentro de cada uma.
Regue com a água que a memória guardou da primeira chuva.
Cuidado, não exagere!
Se ficar doce demais,coloque algumas gotasdo primeiro choro de amor.
Cuide bem de seus sonhos:às vezes querem a luz do sol,outras a escuridão da noite,às vezes querem ouvir o silênciodo tempo, outras o barulhode vidas sendo erguidas.
É difícil entendê-los,temos que ter calma e amor.
Deixe repousar.
Em breve seus sonhosserão grandes árvores,estendendo seus braçospara o céu.
Transplante-as então para o papel, ou então faça um jardim.
O mapa do jardim seráseu, para entregara quem merecer.

PARNASIANISMO....



Iniciar esse blog com o inesquecível Parnasianismo.....é para refletir não é mesmo??



BANHO DE PARNASIANISMO

(Banho de Lua – Cely Campelo)
E
É o Parnasianismo

Que prega a arte pela arte
A
Em poemas descritivos
E
Ignorando a realidade
B
2 vezesE se o que importa é perfeição
A E
É Parnasianismo então

E
E tem Alberto de Oliveira

E tem o Raimundo Correia
A
Mas o maior desses estetas
E
Chamado o Príncipe dos Poetas
B
2 vezesAutor de Profissão de Fé
A E
É Olavo Bilac, yeah.

C#m G#
Entra no quarto, fica quietinho
C#m G#
Faz um poema bem bonitinho
C#m G#
Usa soneto metrificado
C#m G#
Verso perfeito, bem martelado
C#m B
Pode até ser sobre um vaso
F# B
O parnasianismo é assim...