QUE CALOR!
Férias de janeiro que delicia! E não se esquecendo de reforçar: Mais do que merecidas! O ano que passou fiquei acabada, digo ,cansada, muita correria e projetos educativos e tals... Enfim, 2010 e resolvi passar o mês na nova cidade em que minha imã vive: Corumbá-MS.
Fui de ônibus, quase dois dias de viagem, minhas nádegas estavam doloridas de tanto ficar sentada e meus olhos pareciam que enxergavam tudo andando. Quando desci do ônibus tive que me segurar na porta – que vergonha! A velhinha da minha frente desceu tão rápida; poxa estou precisando de uns exercícios físicos! Enfim, quando em terra firme cheguei sinto um baque na minha pele - O calor era escaldante. Era como se tivessem ligado o forno e não dava mais para ficar exposta ao sol.
Olho na minha frente e reparo que as pessoas procuraram proteção embaixo de qualquer coisa que tivesse sombra e teto. Outras, nervosas, se refugiavam em lojas e escritórios com ar condicionado; estava 55 graus.
Bem que minha irmãzinha tinha me avisado que era insuportável o calor, pois o clima de Corumbá e da região do Pantanal pode ser bem quente a maior parte do ano, com temperaturas atingindo mais de 40ºC e umidade relativa do ar razoavelmente alta, ocasionando uma sensação de calor extrema com intensa sudorese e este mês que resolvi passar minhas férias são os dias muito quentes e o calor chega a perturbar de verdade, sentia meus neurônios derretendo.
Não sei como cheguei ao carro, mas quando fechamos a porta, enxugando com a palpa da minha mão o suor que descia da minha testa, logo pedi que ligasse o ar condicionado e subitamente meu cunhado que estava no banco de direção respondeu: ’’estamos em falta!’’.
Durante o trajeto fui observando os moradores, sentindo uma brisa de ar quente em meu rosto, melhor do que nada! Os transeuntes (na verdade havia poucos) andavam de um lado para o outro, outras pessoas ficavam sentadas nos banquinhos e se mexiam, com certeza diziam: O que esta acontecendo? Finais dos tempos? Culpa da camada de Ozônio! Que calor!
Comecei a escutar o rádio ligado do carro, dizia um radialista que naquela linda manhã era o dia mais quente daquele verão. E minha irmã rapidamente virou para trás e disse: ‘’Você adora o sol, o calor... Que bom, vai gostar daqui!’’.
Olhei para minha garrafinha de água que estava segurando, era apenas uma garrafa, pois água que era bom mesmo não havia mais. Minha garganta estava seca. Nem respondi à leve provocação e perguntei se tinha água. Ela abaixou e pegou uma garrafa que pedia para ser reciclada, pois, estava tão maltratadinha, amassadinha com jeitinho de velhinha, mas em seu interior havia o tesouro: água. Mas, será que estava boa?
Experimentei um gole- URGH! Que horror! Mentalmente depois: Que pecado! Eu reclamando a falta dela; vi-me ali novamente em sala de aula tentando fazer os alunos a refletirem sobre o Meio Ambiente e recitando o que a imprensa mundial debate tanto sobre a escassez mundial de água dando conta de que trinta por cento da população mundial vai sofrer com a falta d’água até o ano de 2050, segundo os dados da ONU e particularmente acho que vai ser vendida a preço de ouro.
Volto a olhar a rua, o sol esquentava os vidros do carro e o concreto dos prédios, o asfalto queria borbulhar e explodir de tanto calor, encostei minha cabeça no banco ao som da música regional que estava tocando; estávamos chegando à vila dos militares, mas antes vi um carro de bombeiro circulando pelas ruas: ‘’Aqui, aqui! Joga aqui... Antes que eu derreta!’’
O que senti jogando foi uma almofada de florzinhas em cima de mim, minha Irmã dizendo que havia chegado. Desci do carro e subimos as escadas até chegar ao apartamento e abrindo a porta minha sobrinha: tiaaa e respondi alto: ‘‘nossa que calor”! E ela olhou com as duas jabuticabinhas estalando para mim respondendo: ‘’calor duzinfernu’’.
Nossa por um instante percebi que quando está calor reclamamos mais no frio também reclamamos. Quando não tem chuva reclamamos, mais sem ela também reclamamos. Reclamar é um vício; Acho que temos que parar de reclamar das coisas, e sermos gratos por cada coisa que Deus nos deu! ''Ruim com ele pior sem ele''.
Abaixei-me rapidamente e levantei minha sobrinha pelos seus bracinhos miudinhos, eitaaa que saudade!
Férias de janeiro que delicia! E não se esquecendo de reforçar: Mais do que merecidas! O ano que passou fiquei acabada, digo ,cansada, muita correria e projetos educativos e tals... Enfim, 2010 e resolvi passar o mês na nova cidade em que minha imã vive: Corumbá-MS.
Fui de ônibus, quase dois dias de viagem, minhas nádegas estavam doloridas de tanto ficar sentada e meus olhos pareciam que enxergavam tudo andando. Quando desci do ônibus tive que me segurar na porta – que vergonha! A velhinha da minha frente desceu tão rápida; poxa estou precisando de uns exercícios físicos! Enfim, quando em terra firme cheguei sinto um baque na minha pele - O calor era escaldante. Era como se tivessem ligado o forno e não dava mais para ficar exposta ao sol.
Olho na minha frente e reparo que as pessoas procuraram proteção embaixo de qualquer coisa que tivesse sombra e teto. Outras, nervosas, se refugiavam em lojas e escritórios com ar condicionado; estava 55 graus.
Bem que minha irmãzinha tinha me avisado que era insuportável o calor, pois o clima de Corumbá e da região do Pantanal pode ser bem quente a maior parte do ano, com temperaturas atingindo mais de 40ºC e umidade relativa do ar razoavelmente alta, ocasionando uma sensação de calor extrema com intensa sudorese e este mês que resolvi passar minhas férias são os dias muito quentes e o calor chega a perturbar de verdade, sentia meus neurônios derretendo.
Não sei como cheguei ao carro, mas quando fechamos a porta, enxugando com a palpa da minha mão o suor que descia da minha testa, logo pedi que ligasse o ar condicionado e subitamente meu cunhado que estava no banco de direção respondeu: ’’estamos em falta!’’.
Durante o trajeto fui observando os moradores, sentindo uma brisa de ar quente em meu rosto, melhor do que nada! Os transeuntes (na verdade havia poucos) andavam de um lado para o outro, outras pessoas ficavam sentadas nos banquinhos e se mexiam, com certeza diziam: O que esta acontecendo? Finais dos tempos? Culpa da camada de Ozônio! Que calor!
Comecei a escutar o rádio ligado do carro, dizia um radialista que naquela linda manhã era o dia mais quente daquele verão. E minha irmã rapidamente virou para trás e disse: ‘’Você adora o sol, o calor... Que bom, vai gostar daqui!’’.
Olhei para minha garrafinha de água que estava segurando, era apenas uma garrafa, pois água que era bom mesmo não havia mais. Minha garganta estava seca. Nem respondi à leve provocação e perguntei se tinha água. Ela abaixou e pegou uma garrafa que pedia para ser reciclada, pois, estava tão maltratadinha, amassadinha com jeitinho de velhinha, mas em seu interior havia o tesouro: água. Mas, será que estava boa?
Experimentei um gole- URGH! Que horror! Mentalmente depois: Que pecado! Eu reclamando a falta dela; vi-me ali novamente em sala de aula tentando fazer os alunos a refletirem sobre o Meio Ambiente e recitando o que a imprensa mundial debate tanto sobre a escassez mundial de água dando conta de que trinta por cento da população mundial vai sofrer com a falta d’água até o ano de 2050, segundo os dados da ONU e particularmente acho que vai ser vendida a preço de ouro.
Volto a olhar a rua, o sol esquentava os vidros do carro e o concreto dos prédios, o asfalto queria borbulhar e explodir de tanto calor, encostei minha cabeça no banco ao som da música regional que estava tocando; estávamos chegando à vila dos militares, mas antes vi um carro de bombeiro circulando pelas ruas: ‘’Aqui, aqui! Joga aqui... Antes que eu derreta!’’
O que senti jogando foi uma almofada de florzinhas em cima de mim, minha Irmã dizendo que havia chegado. Desci do carro e subimos as escadas até chegar ao apartamento e abrindo a porta minha sobrinha: tiaaa e respondi alto: ‘‘nossa que calor”! E ela olhou com as duas jabuticabinhas estalando para mim respondendo: ‘’calor duzinfernu’’.
Nossa por um instante percebi que quando está calor reclamamos mais no frio também reclamamos. Quando não tem chuva reclamamos, mais sem ela também reclamamos. Reclamar é um vício; Acho que temos que parar de reclamar das coisas, e sermos gratos por cada coisa que Deus nos deu! ''Ruim com ele pior sem ele''.
Abaixei-me rapidamente e levantei minha sobrinha pelos seus bracinhos miudinhos, eitaaa que saudade!