quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Meninaque não Falava

Mais um conto popular ...

Certo dia, um rapaz viu uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Como se queria casar com ela, no outro dia, foi ter com os pais da rapariga para tratar do assunto.
__ Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela, responderam os pais da rapariga.
O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe várias perguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insultá-la, mas a miúda não chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-se embora.
Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com muita fortuna mas, ninguém conseguiu fazê-la falar.
O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela, ao que os pais responderam:
__ Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso!
O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte. Por fim, os pais acederam.
O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los.
Depois de muito trabalho, a menina ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe:__ O que estás a fazer?
O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regressarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão.
Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento.

A Lua Feiticeira e a Filha que não sabia pilar



A LUA TINHA UMA FILHA BRANCA e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe em casa um monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe:— Como pode ser isso, se tu és monhé? Os monhés não comem ratos nem carne de porco e também não apreciam cerveja... Além disso, ela não sabe pilar...
O monhé respondeu:
__ Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina pode continuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja... Quanto a não saber pilar, isso também não tem importância pois as minhas irmãs podem fazê-lo.
A lua, então, respondeu:
__ Se é como dizes, podes levar a minha filha que, quanto ao mais, é boa rapariga.
O monhé levou consigo a menina. Ao chegar a casa foi ter com a sua mãe e fez-lhe saber que a menina com quem tinha casado comia ratos, carne de porco e bebia cerveja, mas que era necessário deixá-la à-vontade naqueles hábitos. Acrescentou também que ela não sabia pilar mas que as suas irmãs teriam a paciência de suprir essa falta.
Dias depois, o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãs chamaram a rapariga (sua cunhada) para ir pilar com elas para as pedras do rio e esta desatou a chorar.
As irmãs censuraram-na:
__ Então tu pões-te a chorar por te convidarmos a pilar?... Isso não está bem! Tens de aprender porque é trabalho próprio das mulheres.
E, sem mais conversas, pegaram-lhe na mão e conduziram-na ao lugar onde costumavam pilar.
Quando chegaram ao rio puseram-lhe o pilão na frente, entregaram-lhe um maço e ordenaram que pilasse.
A rapariga começou a pilar mas com uma mágoa tão grande que as lágrimas não paravam de lhe escorrer pela cara. Enquanto pilava ia-se lamentando:
__ Quando estava em casa da minha mãe não costumava pilar... Ao dizer estas palavras, a rapariga, sempre a pilar e juntamente com o pilão, começou a sumir-se pelo chão abaixo, por entre as pedras que, misteriosamente, se afastavam. E foi mergulhando, mergulhando... até desaparecer.
Ao verem aquele estranho fenómeno, as irmãs do monhé abandonaram os pilões e foram a correr contar à mãe o que acontecera. Esta ficou assustada com a estranha novidade e tinha o coração apertado de receio quando chegou o monhé, seu filho.
Este, ao ouvir o relato do que acontecera à sua mulher, ralhou com as irmãs, censurando-as por não terem cumprido as suas ordens. Apressou-se a ir ter com a lua, sua sogra, para lhe dar conta do desaparecimento da filha.
A lua, muito irritada, disse:
__ A minha filha desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Faz como quiseres, mas a minha filha tem de aparecer!
__ Mas como posso ir ao encontro dela se desapareceu pelo chão abaixo?
A lua mudou, então, de aspecto e, mostrando-se conciliadora, disse:
__ Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio que obrigue a minha filha a voltar... Vai para o lugar onde desapareceu a minha filha e espera lá por mim.
O monhé foi-se embora e a lua chamou um criado ordenando:
__ Chama o javali, a pacala, a gazela, o búfalo e o cágado e diz-lhes que compareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha filha.
O criado correu a cumprir as ordens e os animais convidados apressaram-se para chegar ao lugar indicado. A lua também para lá se dirigiu com um cesto de alpista. Quando chegou ao rio, derramou um punhado de alpista numa pedra e ordenou ao porco que moesse.
O porco, enquanto moía, cantou:
__ Eu sou o javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do chão, respondia:
__ Não te conheço!
O javali, despeitado, largou a pedra das mãos e afastou-se cabisbaixo. Aproximou-se em seguida a pacala e, enquanto moía, cantou:
__ Eu sou a pacala e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
Ouviu-se novamente a voz da menina que dizia:
__ Não te conheço!
A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho, fazendo a sua invocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta:
__ Não te conheço!
Por último, tomou a pedra o cágado e, enquanto moía, cantou:
__ Eu sou o cágado e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa:
__ Sim, cágado, à tua voz eu vou aparecer!...
E, pouco a pouco, a menina começou a surgir por entre as pedras do rio, juntamente com o pilão, mas sem pilar. Quando emergiu completamente parou e ficou silenciosa.
Os animais juntaram-se todos, curiosos, à volta da menina.
Então, a lua disse:
__ Agora a minha filha já não pode continuar a ser mulher do monhé pois ele não soube cumprir o que me prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher do cágado, pois só à sua voz é que ela tornou a aparecer.
Então o cágado levantou a voz dizendo:
__ Estou muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e, como prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela vestirá uma só vez, pois durará até ao fim da sua vida. E, dizendo isto, entregou à menina uma carapaça lindamente trabalhada, igual à sua.
Da ligação do cágado com a filha da lua é que descendem todos os cágados do mundo...


Eduardo Medeiros (org.). Contos populares moçambicanos, 1997http://www.terravista.pt/Bilene/4619/Conto2.html

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Por que estudar espanhol?

Imaginem: O nosso país é um dos maiores na America do Sul, somos o unico que não fala espanhol, temos que rever esse conceito e estudar essa lingua maravilhosa....pensem nisso meus queridos!
BJUS -DANI*-*
Por que estudar espanhol??

"Cada vez mais empresas valorizam que os seus empregados tenham conhecimentos de espanhol, um idioma que dá acesso a um dos mercados de maior crescimento no mundo."
Se você fala espanhol, poderá se comunicar com quase 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Pense em quantas possibilidades mais de trabalho vão oferecer a você. Além disso, se deseja fazer uma viagem à Espanha ou à América Latina, o conhecimento básico de espanhol será muito útil.
O espanhol é o terceiro idioma mais falado no mundo, depois do chinês mandarim e do inglês, e é o segundo em número de falantes nativos.
No final do século XIX, 60 milhões de pessoas falavam espanhol. Hoje em dia, são quase 500 milhões em todo o mundo.
Os consumidores latinos representam o segmento de mercado de maior crescimento na América do Norte. Sua população nos EUA cresceu 60% somente numa década, e se espera que o seu poder aquisitivo supere os 926 milhões de dólares em 2007.
O espanhol é o segundo idioma mais utilizado na comunicação internacional do mundo e é também uma das línguas oficiais das Nações Unidas e das suas organizações.

domingo, 26 de julho de 2009

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom

Vivemos no século do Consumismo (como todos vocês já devem saber...) mas, como essa ação 'pega' ,é como virus, ir ao shoping fazer compras, principalemente o que nao precisa(detalhe)....enchemos de tranqueiras nossos armarios,...enfim...pra que tudo isso? Não vo ficar no blá blá...vamos refletir o que realmente precisamos para vivermos felizes....

BJUS ...DANI*-*
TRECHO DO LIVRO

Tudo bem. Não entre em pânico. É só uma conta do VISA. Só um pedaço de papel; alguns números. Quero dizer, que poder têm uns poucos números para nos amedrontar?Pela janela do escritório, olho para um ônibus descendo a Oxford Street. Quero abrir o envelope branco sobre minha escrivaninha desarrumada.
“É só um pedaço de paPel”, repito para mim mesma pela milésima vez. E não sou burra, sou? Sei exatamente qual é o valor desta conta do VISA.Mais ou menos.Vai ser cerca de... 200 libras. Talvez trezentas. Sim, talvez trezentas. Trezentas e cinqüenta no máximo.Indiferente, fecho os olhos e começo a calcular. Teve aquele tailleur na Jigsaw. E aquele jantar com Suze no Quaglino’s. E aquele lindo tapete vermelho e amarelo.
O tapete foi 200 libras, imagine. Mas definitivamente valeu cada centavo — todos o admiraram. Pelo menos a Suze.E o tailleur da Jigsaw estava em liquidação — por 30% a menos. Portanto, na verdade, foi uma economia de dinheiro.Abro meus olhos e estico a mão para a conta. Quando meus dedos alcançam o papel, lembro-me das novas lentes de contato. Noventa e cinco libras. Um bocado. Mas, afinal, tive que comprar, não tive? O que devo fazer, andar por aí sem enxergar nada?
E precisei comprar umas loções novas, uma caixinha bonitinha e um delineador hipoalergênico. Isto eleva para... quatrocentos?De sua mesa de trabalho na sala ao lado, Clare Edwards olha para mim.
Está separando todas as suas cartas em pilhas como faz todas as manhãs. Embrulha cada uma num elástico e as classifica com dizeres do tipo "Responder imediatamente" e "Responder sem urgência". Odeio Clare Edwards.— Tudo bem, Becky? — diz ela.— Tudo bem — digo com um ar leve. — Só estou lendo uma carta.Com um ar feliz, enfio a mão no envelope, mas meus dedos não tiram a conta. Ficam grudados nela enquanto minha mente fica tomada — como acontece todo mês — por um sonho secreto.Quer saber do meu sonho secreto?
Ele se baseia numa história que li uma vez no jornal a respeito de uma confusão ocorrida num banco. Gostei tanto que recortei e fixei na porta do meu armário. Duas contas de cartão de crédito foram enviadas para pessoas erradas e — imagine só — as duas pagaram a conta errada sem perceber.
Elas pagaram as contas uma da outra sem nem mesmo examiná-las.Desde que li aquela história, tenho um sonho secreto: que o mesmo acontecerá comigo. Alguma velhinha caduca em Cornwall vai receber minha conta colossal e pagar sem nem mesmo olhar para ela. E eu receberei sua conta de três latas de comida de gato, a 59 centavos cada uma.
Que, naturalmente, pagarei sem questionar. Justiça é justiça, afinal.Um sorriso toma conta do meu rosto quando olho pela janela. Estou convencida de que este mês isto vai acontecer — meu sonho secreto está para se tornar realidade. Mas quando, finalmente, tiro a conta do envelope — irritada com o olhar curioso de Clare — meu sorriso esmaece, depois desaparece. Uma quentura bloqueia minha garganta.
Acho que pode ser pânico.
A folha fica preta com a quantidade de letras. Uma série de nomes familiares passam pelos meus olhos como um shopping. Quero entender mas eles se movem muito rapidamente. Thorntons, consigo enxergar por um instante. Thorntons Chocolates? Que diabos eu estava fazendo na Thorntons Chocolates? Eu deveria estar de dieta. Esta conta não pode estar certa. Isto não pode ser meu. Não posso ter gasto todo esse dinheiro.Não se desespere, grito por dentro. O segredo é não entrar em pânico. É só ler cada nome devagar, um por um. Inspiro profundamente e me forço para ler com calma, começando do alto da lista.
WH Smith (tudo bem. Todo mundo precisa de artigos de papelaria)Boots (idem)Specsavers (essencial)Oddbins (garrafa de vinho — essencial)Our Price (Our Price? Ah, sim. O novo CD dos Charlatans. Bem, eu precisava tê-lo, não é?)Bella Pasta (jantar com Caitlin)Oddbins (garrafa de vinho — essencial)Esso (gasolina não conta)Quaglino’s (caro — mas foi imperdível)Pret à Manger (naquele dia eu estava sem dinheiro vivo)Oddbins (garrafa de vinho — essencial)Rugs to Riches (o quê? Ah sim, o tapete. Tapete danadinho)La Senza (roupa de baixo sexy para sair com James)Agent Provocateur (uma roupa de baixo mais sexy ainda para sair com James. Ah. Eu precisava disso)Body Shop (aquele negócio de escovar a pele que eu preciso usar)Next (saia branca bem sem graça — mas estava em liquidação)Millets...Paro ali. Millets? Eu nunca entro na Millets. Que diabos estaria eu fazendo na Millets? Intrigada fixo o olhar no extrato, franzo a sobrancelha e procuro pensar — e então, de repente, a verdade aparece. É óbvio. Alguém mais está usando meu cartão.Ah, meu Deus.
Eu, Rebecca Bloom, fui vítima de um crime.Agora tudo faz sentido. Algum criminoso roubou meu cartão de crédito e forjou minha assinatura. Quem sabe onde mais eles o usaram? Não é para menos que meu extrato está tão preto de números! Alguém resolveu farrear por Londres à custa do meu cartão — e achou que conseguiria escapar.Mas como conseguiram? Procuro minha carteira de dinheiro na bolsa, abro-a — e ali está meu cartão VISA me fitando. Pego e olho para ele. Alguém certamente o roubou de minha carteira, usou — e depois devolveu. Deve ser alguém que conheço. Ah, meu Deus. Quem?
Examino pelo escritório com um olhar desconfiado. Quem quer que tenha sido não prima pela inteligência. Usar meu cartão na Millets! É quase uma piada. Como se algum dia eu fosse comprar ali.— Nunca nem entrei na Millets! — digo alto.— Entrou sim — diz Clare.— O quê? — viro para ela, nada contente por ter sido interrompida. — Não, não entrei.— Você comprou o presente de despedida de Michael na Millets, não foi?Olho para ela e sinto meu sorriso desaparecer. Ah, estraga-prazeres. Claro. O casaco azul para Michael. O casaco de neve azul brega da Millets.Três semanas atrás quando Michael, agente de nossa editora, foi embora, voluntariei-me para comprar-lhe o presente. Levei o envelope marrom cheio de moedas e notas para a loja e escolhi um casaco de neve (acredite-me, ele é esse tipo de homem). E, no último minuto, agora me lembro, decidi pagar com o cartão e guardar o trocado para meu uso.Recordo-me muito bem de ter escolhido as quatro notas de 5 libras e tê-las cuidadosamente guardado na minha carteira, separando as moedas grandes e colocando-as no compartimento de moedas, despejando o resto do trocado no fundo da bolsa. "Ah, que bom", lembro-me de ter pensado. "Não vou precisar ir ao caixa eletrônico." Pensei que aquelas sessenta libras durariam semanas.Então o que aconteceu? Não posso simplesmente ter gasto sessenta libras sem perceber, posso?— Por que está perguntando afinal? — diz Clare inclinando-se para mim. Seus olhos de raios X brilhando atrás dos óculos. Ela sabe que estou olhando para minha conta do VISA.— Nenhuma razão — digo eu e, de uma forma brusca, virando para a segunda folha do extrato.Mas algo me interrompe. Em vez de fazer o de sempre — fixar os olhos no valor do Pagamento Mínimo e ignorar completamente o total — me vejo fixando o número no pé da página.Novecentas e quarenta e nove libras, sessenta e três centavos. Em branco-e-preto bem nítido.Em silêncio, contemplo durante trinta segundos, logo depois empurro a conta de volta para dentro do envelope. Naquele momento sinto como se aquele pedaço de papel não tivesse nada a ver comigo. Talvez se, por algum descuido, o deixasse cair no chão atrás do meu computador, ele desaparecesse. O pessoal da limpeza o varrerá e eu poderei dizer que nunca o recebi. Não podem me cobrar por uma conta que nunca recebi, podem?Já estou redigindo uma carta mentalmente. "Prezado Gerente do cartão VISA. Sua carta confundiu-me. A que conta está se referindo precisamente? Nunca recebi nenhuma conta de sua parte. Não gostei do tom de sua carta e devo avisá-lo de que estou escrevendo para Anne Robinson da Watchdog."Ou sempre existe a opção de me mudar para o exterior.— Becky? — Levanto a cabeça abruptamente e vejo Clare olhando para mim.— Você já terminou o texto sobre o Lloyds?— Quase — minto. Como ela está me observando, sinto-me forçada a trazê-lo para a tela do meu computador só para mostrar força de vontade. Mas a chata ainda está me observando."Quem economiza pode beneficiar-se do acesso instantâneo" — digito no computador, copiando diretamente de um release à minha frente. — "A conta também está oferecendo taxas de juros diferenciadas para quem investe mais de 5.000 libras."Digito um ponto final, tomo um gole de café e viro para a segunda página do release.É isto que faço, por falar nisso. Sou jornalista de uma revista financeira. Sou paga para dizer às outras pessoas como administrar seu dinheiro.Não é a carreira que eu sempre quis, claro. Ninguém que escreve sobre finanças pessoais jamais pensou em fazê-lo. Todos dizem que "caíram" nas finanças pessoais. Estão mentindo. O que eles querem dizer é que não conseguiram um emprego para escrever sobre nada que fosse mais interessante. Querem dizer que se candidataram para empregos em The Times, no Express, na Marie-Claire, na Vogue, na GQ e na Loaded, mas só receberam um fora.Começaram então a candidatar-se para a Metalwork Monthly (uma publicação mensal do setor de metalurgia), a Cheesemakers Gazette (revista dos fabricantes de queijo) e a What Investment Plan? (publicação sobre investimentos), foram admitidos como assistentes editoriais insignificantes ganhando muito pouco, e ficaram agradecidos. E continuaram escrevendo sobre metalurgia, queijo ou poupança desde então — porque é tudo o que sabem. Eu comecei na revista com o título cativante de Personal Investment Periodical (publicação sobre investimentos pessoais).
Aprendi como copiar um release, acenar com a cabeça em entrevistas coletivas e fazer perguntas de forma a parecer que sabia do que estava falando. Depois de um ano e meio — acredite se quiser — fui convidada para trabalhar na Successful Saving (uma publicação sobre investimentos bem-sucedidos).Obviamente ainda não sei nada sobre finanças. As pessoas no ponto de ônibus sabem mais sobre esse assunto do que eu. As crianças nas escolas sabem mais do que eu. Há três anos desenvolvo essa atividade e ainda estou esperando que alguém me contrate para outro lugar.Naquela tarde Philip, o editor, chama meu nome e eu pulo de medo.— Rebecca? — diz ele. — Uma palavrinha. — E me chama à sua mesa. Sua voz parece mais baixa, quase num tom conspirador, e ele sorri para mim como se estivesse pronto para dar-me uma boa notícia.Ah, meu Deus, penso. Promoção. Deve ser. Ele sabe que não é justo eu ganhar menos que Clare, então vai promover-me para o nível dela. Ou talvez acima. E está me dizendo discretamente para que Clare não fique enciumada.Um sorriso amplo enfeita meu rosto, levanto e ando cerca de três metros ou coisa parecida até sua mesa, procurando ficar calma mas já planejando o que vou comprar com meu aumento salarial. Vou comprar aquele casaco trançado na Whistles. E umas botas pretas de salto da Pied à Terre. Talvez saia de férias. E pagarei aquela abominável conta do VISA de uma vez por todas. Sinto-me contente e aliviada. Eu sabia que tudo daria certo...— Rebecca? — Ele joga um cartão para mim. — Não vou poder ir a esta entrevista coletiva — diz ele. — Mas talvez seja bem interessante. Você pode ir? É na Brandon Communications.Percebo minha expressão alegre escorrer do meu rosto como geléia. Ele não está me promovendo. Não estou recebendo um aumento de salário. Sinto-me traída. Por que sorriu para mim daquele jeito? Devia saber que estava aumentando minhas esperanças. Seu sacana.— Alguma coisa errada? — pergunta Philip.— Não — murmuro. Mas não consigo sorrir.
Na minha frente vejo meu novo casaco trançado e minhas botas de salto alto sumirem como num passe de mágica. Nenhuma promoção. Só uma entrevista coletiva sobre... Volto os olhos para o cartão de relance. Sobre uma nova cota de fundo. Como alguém consegue chamar aquilo de interessante?— Poderá escrever sobre isso para a revista — diz Philip.— Está bem — encolho os ombros num sinal de aceitação e me afasto.

CONSTRUÇÃO DE CHICO BUARQUE

Construção” é uma obra-prima da música brasileira, considerada uma das mais belas e importantes canções da Língua Portuguesa. Note que cada final de verso acaba com uma palavra proparoxítona, que é, em termos de tonicidade, a menos comum em nosso idioma.
“Construção” – Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Depende de Nós



Sabe, nessa vida sabemos que as alegrias sao menores que as tristezas para que assim possa ser lembrada nos momentos mais dificies e ter a fé em Deus que tudo dará certo....

Depende de nós , pois somos nós que escolhemos o nosso caminho, e para tal temos que ter esperança, fé, sabedoria..e amor claro!

Essa letra é linda!!

Espero que gostem .DANI *-*



Quem já foi ou ainda é criança

Que acredita ou tem esperança

Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de Nós

Que o circo esteja armado

Que o palhaço esteja engraçado

Que o riso esteja no ar

Sem que a gente precise sonhar

Que os ventos cantem nos galhos

Que as folhas bebam orvalhos

Que o sol descortine mais as manhãs

Depende de Nós

Se este mundo ainda tem jeito

Apesar do que o homem tem feito

Se a vida sobreviverá

Autor: Ivan Lins
Boa Semana pra Você!

SIMPLICIDADE


sexta-feira, 24 de julho de 2009

TWITTER- NOVA MANIA MUNDIAL


A NOVA MANIA MUNDIAL É O USO DO TWITTER, É SUPER FÁCIL DE FAZER, MAS CONFESSO QUE ESTOU APANHANDO PARA APRENDER A USAR, É EM INGLÊS...MAS VALE A PENA...HAUHA...
COMO PODEM OBSERVAR ESTOU CONFUSA NISSO; COMO SOU BRASILEIRA NAO DESISTO NUNCA!
AH ! VI ESSE LINK QUE AJUDA MUITO..
http://www.andafter.org/publicacoes/twitter-o-que-e-como-usar-e-porque-usar_370.html

quinta-feira, 23 de julho de 2009

RESPEITO...PARA PENSAR

RECEBI ESSA GRAVURA DE UMA AMIGA E ACHEI MUITO INTERESSANTE, QUERO DIVIDIR COM VOCÊS...
REFLITAM !! É A PURA VERDADE...
BJUS...DANI *-*

Essa pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável.

"Todos pensam em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

(Mas, não se respeita o planeta sem respeitar os que nele vivem!!!!!!)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Transformação

O mundo anda tão mal.
As pessoas se fecham mais a cada dia.
Se fecham pros outros,
pra elas mesmas.
Fecham-se pra Deus,
pro milagre.
Vivem mendigando paz.
A paz que não vive fora,
mas dentro de cada um.
Não existem fórmulas ou
receitas de paz.
Não são poucos os que encontram paz,
perdoando seus inimigos,
amando seus inimigos.
Há paz no sorriso de um pai voltando pra casa,
embalando o filho.
É tão difícil perdoar.
Voltar pra casa.
Por isso mesmo,
é tão difícil ter paz.
Acúmulos, pervertidos vícios.
Egoísmo,
desigualdade social.
Tudo isso nos afasta do silêncio,
silêncio da consciência tranquila,
do voltar pra casa do Pai em oração,
em paz.
Há crianças morrendo de fome.
Guerras,
mutilações.
O grande pisando na cabeça do pequeno.
O mundo anda tão mal,
porque o homem anda mal.
O homem abrandando o coração,
o mundo muda.
O mundo melhora.
Só o homem pode melhorar o mundo.
Um homem bom e justo.
Mas é tão difícil ser bom,
ser justo.
É tão difícil repartir.
Por isso,
o mundo anda tão mal.

Jackson Antunes
Bom, para melhorar este mundo depende das ações individuais, pensar em que podemos melhorar em nós mesmos e assim refletindo ao nosso redor. É isso ai pessoal..afinal como diria aquela famosa frase da música DEPENDE DE NÓS...
bjim, Dani. *-*

domingo, 19 de julho de 2009

CORAÇÃO DE TINTA


POSTER DO FILME


LIVRO

Quando foi publicado em 2003, Coração de Tinta tornou-se sensação imediata por conta do talento de Cornelia Funke ao narrar as aventuras da jovem Meggie Flochart e seu intrépido pai, Mortimer, que literalmente combatem as forças do mal num mundo ficcional, mas bastante parecido com o nosso.
Esta surpreendente obra infanto-juvenil parece emergir de um sonho de menina, neste caso da protagonista, Meggie, mas na verdade é uma profunda alegoria sobre a tessitura da escrita, sobre o mistério e a magia das palavras, sobre a gestação e o parto da narrativa.
A autora de Coração de Tinta (Inkheart), a alemã Cornelia Funke, escreve de uma maneira diferente ,pois a trama se desenvolve a partir das páginas de um livro, justamente a enigmática obra que dá título a esta narrativa – Coração de Tinta -, mas ela navega o tempo todo por vários clássicos da literatura, principalmente daquela que povoou a infância e a juventude de muitos leitores. Cada capítulo é precedido por uma epígrafe, extraída de publicações como O Gigante Egoísta, de Oscar Wilde; A Ilha do Tesouro, de Robert L. Stevenson; O Senhor dos Anéis, de J. R.R. Tolkien; O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, de C. S. Lewis; Peter Pan, de James M. Barrie, entre outras.
Podemos dizer que Coração de Tinta é uma obra incomum que acidentalmente vai parar nas mãos de Mo, o pai de Meggie, um talentoso restaurador de livros. Ele e sua esposa Teresa cultivam um amor sem igual pela literatura, o qual procuram desde cedo transmitir para a filha, então com três anos. Mortimer, nome de batismo do progenitor de Meggie, cultivava o hábito de ler em voz alta para a mulher. Mas ele desconhecia ter o dom de dar vida às histórias e aos personagens, até decidir mergulhar nas páginas deste livro misterioso, repleto de aventuras, terríveis vilões, fadas e duendes.
Ao enunciar as palavras contidas nesta narrativa, elas ganham existência concreta e, subitamente, materializam-se diante da família os sombrios Capricórnio e Basta, além do enigmático saltimbanco Dedo Empoeirado. Confusos e perplexos, os bandidos investem contra Mo, pois querem retornar ao livro; sem sucesso, fogem da casa, deixando o aturdido engolidor de fogo, acompanhado de sua marta provida de chifres, para trás. É então que o narrador de estórias percebe que sua esposa e os dois gatos de estimação desapareceram, ou seja, mergulharam no interior da trama de Coração de Tinta.
Mo tenta por muito tempo resgatar sua companheira, lendo e relendo o livro, sempre distante de Meggie, para que ela não corresse nenhum risco. Tudo em vão. O tempo passa e a menina agora já completou doze anos. Em uma noite chuvosa, porém, o passado retorna, na figura de Dedo Empoeirado, que regressa das brumas do tempo em busca do livro que sempre fora seu lar, enviado por Capricórnio, que deseja ardentemente resgatar esta peça literária, com certeza para fins escusos. Mo, porém, também precisa desesperadamente manter consigo esta obra, pois não perdeu a esperança de rever sua esposa. Assim, ele opta por fugir com a filha, justamente para a casa de Elinor, tia de Teresa, que mora em uma área próxima dos lagos italianos, e mantém em sua residência uma biblioteca de extremo valor.
Neste momento tem início uma jornada arrepiante, não só pelas narrativas que só têm espaço no interior dos livros, mas pela própria história da criação literária.
A autora tece de tal forma a trajetória dos personagens, que às vezes fica difícil estabelecer uma fronteira entre o que é real e o que pertence ao universo da ficção. O destino dos habitantes dos livros é debatido como se eles fossem criaturas reais.Enquanto o Homem e sua existência estão nas mãos de um Criador oculto, os fios que tecem a vida e a fortuna de cada personagem são manipulados pelo escritor e, nesta obra, também parcialmente pelo narrador, Mo, a quem cabe levar ou não Dedo Empoeirado, que em sua fé no poder do contador de histórias o chama de Língua Encantada, de volta para o seu mundo, mesmo sabendo qual será o desfecho de sua participação na trama. O engolidor de fogo desconhece seu destino, como o próprio ser humano, que ignora o que o aguarda no final de sua jornada. Em dado momento da narrativa, a autora, através de Fenoglio, descreve deliciosamente o ato narrativo. Nesta passagem, ela expõe sua visão sobre a criação literária, revelando que o autor nunca desvenda diante do leitor toda a riqueza implícita da história. Há segredos que ele só divide com seus personagens, portanto permanecem nas entrelinhas, não são impressos nas páginas dos livros. Basta que o escritor os conheça.


Cornelia Funke, nascida em Dorsten, cidade da Alemanha, em 1958, é escritora e ilustradora de obras infanto-JUVENIS. Ela já foi premiada diversas vezes por suas publicações. Entre outros livros, ela lançou em 2004 o famoso O Senhor dos Ladrões, pela Companhia das Letras, conquistando com ele seis dos mais significativos prêmios literários europeus e norte-americanos. Coração de Tinta, assim como seu antecessor, foi recentemente adaptado para as telas do cinema, mas a produção é muito fraca e não se encontra no formato cinematográfico a riqueza que esta publicação encerra. Nesta obra, Cornelia consagra o ofício de tecer histórias, revelando sua grandeza, seu poder mágico, o dom de colher palavras no jardim literário e de compor poeticamente as narrativas que embalarão a imaginação dos leitore, sempre reservando surpresas nas entrelinhas para os que se aventuram a ir além.

Bibliografia
Coração de Tinta – Cornelia Funke – Cia. Das Letras – São Paulo – 455 pp.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

POEMINHA ...CONTOS DE FADAS


Os contos de fadas são assim.
Uma manhã, a gente acorda
E diz: 'era só um
conto de fadas...'
E a gente sorri de si mesma.
Mas, no fundo, não estamos
sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fadas
são a única verdade da
vida.
Saint-Exupéry

LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

Resumo do artigo : Liderança Transformacional – Seus Efeitos sobre Trabalhadores; Mediados pelo Ambiente Organizacional , de
Josenilto Carlos de Mendonça . 2007

No cenário atual de mudanças constantes, é fundamental que as empresas possuam líderes capazes de conduzir e manter mudanças organizacionais de maneira eficaz, e o estilo de liderança exercido é um fator extremamente relevante nesse processo.
Tratando desse assunto relevante o resumo que segue desse artigo trata-se da abordagem do texto O Conceito De Liderança Organizacional utilizado obtido por consenso na reunião do GLOBE (GLOBAL LEADERSHIP AND ORGAIZATIONAL EBHAVIOR EFFECTIVENESS) que é a capacidade de um indivíduo influenciar, motivar e capacitar outros contribuírem para afetividade e sucesso da organização da qual são membros, segundo Earley & Erez , 1997:548.
Foram tratados nesse artigo vários tipos de liderança sendo as : abordagens dos traços ; abordagens comportamentais ; abordagem contingencial e abordagens da liderança carismática e transformacional; enfatizado o seu estudo em Liderança Transformacional , uma das teorias que compõem a abordagem carismática.
Segundo o estudo de Josenilto Carlos de Mendonça é mostrar a diferença entre os desempenhos desses líderes e seus seguidores em diferentes situações de trabalho , explicando as diferenças de desempenho da liderança em diversas situações onde o líder transformacional atua e como seu desempenho é influenciado pelos variáveis situações. Para tal ele investigou se o líder atua num sistema mecânico ou sistema orgânico como proposto por Burns e Stalker (1994)). Esses dois sistemas por ele analisado dizem que basicamente as diferenças que o abordam podem ser vistas como a realização de tarefas rotinizadas e criativas; tendo como objetivo verificar se a se a Liderança Transformacional é afetiva em dois ambientes.
O levantamento de dados para a descrição e avaliação do processo foi realizado com métodos de questionário de autoavaliação de estilos de liderança e distribuídos (eletronicamente ou via postal) a todos os participantes que devolverão do mesmo modo,ressaltando que ao todo foram 1.600 sujeitos envolvidos ao estudo de pesquisa.
Segundo Josenilto Carlos de Mendonça foram as seguintes medidas :
Comportamentos de liderança transformacional; Comportamento de liderança transacional; Satisfação do subordinado com o líder; Motivação do subordinado para o trabalho; Efetividade do líder;Tipo de tarefa realizada .
O resultado diante de todas essas questões espera-se a hipótese de como estão atuando diante das situações mecânicas ou situações orgânicas. Diante desse estudo houve o objetivo de contribuir para o estudo da liderança em contexto do nosso país, e assim esperam-se indicações tanto para seleção ou treinamento de gerentes que estejam nas situações mecânicas ou orgânicas, para fazer o que precisa ser feito: novas estratégias, plano de implementação e o fundamental papel dos líderes modernos, ou seja maior probabilidade em eficácia gerencial.
Para tal digo , transformar a estratégia empresarial em ação tornando-se assim uma estratégia bem sucedida, é sem dúvida um dos maiores desafios dos tempos atuais.

FONTE: http://www.psi-ambiental.net

segunda-feira, 13 de julho de 2009

MARIO QUINTANA- ALGUNS VERSOS

...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...
" Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Quem Sabe um Dia
Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
Sentir primeiro,
pensar depois
Perdoar primeiro,
julgar depois
Amar primeiro,
educar depois
Esquecer primeiro,
aprender depois
Libertar primeiro,
ensinar depois
Alimentar primeiro,
cantar depois
Possuir primeiro,
contemplar depois
Agir primeiro,
julgar depois
Navegar primeiro,
aportar depois
Viver primeiro,
morrer depois
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Linda música indiana...

MAFALDA..ME GUSTA MUCHO!







MAFALDA..ME GUSTA MUCHO!

Mafalda surgiu em um momento especial da realidade de seu país, a Argentina, exatamente no dia 29 de setembro de 1964, quando os ventos de uma ainda incipiente, incerta – e, infelizmente, pouco duradoura –, democracia liberal pareciam soparar com mais intensidade na região; foi herdeira de uma longa tradição de humor gráfico no país, aliada à influência dos quadrinhos "intelectualizados" de autores como Charles Schulz e Jules Feiffer.
(...)
A menina argentina não é o retrato traumatizado e neurótico de uma geração inadaptada, mas um microcosmos onde se confrontam sonhos e angústias pessoais, aspirações e inquietações coletivas. É comprometida com seu tempo, na época em que o mundo de adultos era incessantemente posto em causa pelas gerações mais novas, que aspiravam a um futuro diferente. Suas histórias eram uma outra forma de mostrar a manipulação e a moldagem das consciências individuais através de instrumentos tão terríveis como os meios de comunicação de massa (e, à cabeça de todos, a tv), a escola ou a autoridade do Estado.
(...)
Mafalda representa o inconformismo da humanidade, mas com fé em sua geração. Seus ódios mais nítidos são contra a injustiça, a guerra, as armas nucleares, o racismo, as absurdas convenções dos adultos e a sopa. Entre suas paixões estão os Beatles (a alegria, a liberdade que levaram na música), que por ela seriam os presidentes do mundo, Brigitte Bardot (na época personificava a namoradinha “francesa”), os direitos humanos, a paz e a democracia. Preocupa-se com a situação mundial, sobre a qual está constantemente atualizada pelo radio, ou lendo o caderno de política do jornal. Quando não está fazendo perguntas cabeludas aos seus pais, relata suas angústias com relação à humanidade aos amiguinhos. Espera cursar a universidade e ser alguém na vida, gosta de jogar xadrez, boliche e quer ser tradutora da ONU quando crescer, para que quando os embaixadores brigarem traduzir tudo ao contrário para que se entendam melhor e haja paz no mundo.
(...)
Mafalda rompe com a rotina prescrita em interações escolares, familiares e sociais. Em movimento de realinhamentos, ela é posta em atitudes de insubordinação e desobediência, enfrentando como, por exemplo, a sua professora, colocando seus posicionamentos em xeque, tentando levá-la ao ridículo, com insinuações de que ela, a professora, seja mediana, extemporânea, desengajada sócio-politicamente, ou, ate mesmo, idiota. Ao atuar desse modo, apresenta-se como adulto-crítico. Não é mais a criança que interage com a professora, numa relação de assimetria, mas um adulto que fala a outro, numa relação simétrica, com igual direito de manifestação de opiniões e atitudes de poder.


TRECHO DO MEU TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LETRAS/ESPANHOL, APRESENTADO EM CONGRESSO - 2005.

JUNTOS NA BIBLIOTECA...



Juntos na Biblioteca
Estão sempre ali à espera
Que alguma mãozinha inquieta
Se decida a despertá-los
Suas folhas são janelas
Que abrem com alegria
Para nos levar para o mundo
De aventura e fantasia
N. Zamataro

domingo, 12 de julho de 2009

MÁRIO QUINTANA PARA CRIANÇAS (^_^)

Mas por que trabalhar com Mario Quintana com as crianças?

1) Em toda a sua obra, encontram-se traços referentes ao mundo infantil, à curiosidade e à fantasia, o que atrai o interesse das crianças.
2) As publicações de Quintana despertam o interesse de leitores de diferentes idades. Por exemplo, o livro Canções não foi escrito para o público infantil, contudo, é uma obra curiosa por se inspirar em canções medievais, que lembram cantigas de roda e fábulas.
3) A obra do escritor se mantém atual. O Batalhão das Letras ;foi escrito em 1948, no início da carreira poética, mas segue divertindo os pequenos.
4) O poeta utiliza a irreverência e senso em seus versos, o que atrai a “gurizada”.
5) As brincadeiras com as palavras, o ritmo poético e a construção de imagens estimulam a criatividade.No início, trabalhar com poesia com as crianças pode ser meio “estranho”, mas lembre-se que a poesia é uma forma diferente de contar histórias e de descobrir o mundo.

Lili inventa o Mundo
Foi lançada em 1983. Lili é uma garotinha inventada por Quintana, que dispara frases que surpreendem os adultos e provocam a imaginação das crianças. Uma ruazinha simples, as estações do ano, criaturas do jardim, o sol na China, café com leite, sorriso desdentado... O olhar sensível do poeta segue as descobertas e afirmações da menina Lili, e as coisas de todo dia ganham sentido, brilho, boniteza. Uma beleza um pouco triste, mas que abre espaço para a esperança.

Pé de Pilão
Publicado 27 anos após o Batalhão das Letras, os Versos de Pé de Pilão contam com lirismo, inteligência e fantasia. Mario Quintana se inspirou na quadrinha popular :

“Pé de pilão
carne seca com feijão
arreda camundogo
pra passar o batalhão”

A história começa pelo meio. A bruxa usa a Magia para transformar Matias em pato. Na trama
, há uma fada mascarada e diabólica que não é bruxa. Tem uma avó que é fada e foi enfeitiçada perdendo o seu encanto, o de não envelhecer. A história conta a história de Matias para desfazer os encantos.Essa obra foi censurada durante 30 anos pelo Estado Novo de Vargas, que condenou o texto por se referir á polícia como “um cavalo montado noutro cavalo.”

O pato ganhou sapato,Foi logo tirar retrato.
O macaco retratista
Era mesmo um grande artista.
Disse ao pato:
“Não se mexaPara depois não ter queixa”.
E o pato, duro e sem graça
Como se fosse de massa!

O Batalhão das Letras
Didática e atrativa, a primeira obra de Quintana voltada para as crianças foi publicada em’948 e considerada diferente da literatura produzida para o público infantil na época, por utilizar palavras do vocabulário adulto. Em uma brincadeira poética, o autor apresenta as 26 letras do alfabeto em quadras, referindo-se às suas formas, ou fazendo brincadeiras engraçadas. As crianças adoram a quadra da letra X;

Com X se escreve xícara
Com X se escreve xixi
Não faças xixi na xícara
O que irão dizer de ti?




A palavra mandala designa uma imagem organizada ao redor de um ponto central. É uma manifestação simbólica da psique humana. Inúmeros exemplos de mandalas são encontrados na natureza, desde a organização das flores até a do sistema solar. Utilizados em escolas européias há mais de 20 anos, os “desenhos centralizados” mostraram-se extremamente eficazes ao acalmar crianças muito inquietas, melhorar os estados depressivos e atenuar choques emocionais. Apropriadas para todas as idades, as mandalas têm uma eficácia dupla: por um lado, restabelecem e conservam a ordem psíquica e, por outro, a lembrança do centro, sempre presente, auxilia no reequilibrio dinâmico.

Vários estudos já provaram o efeito curativo das imagens circulares na alma.Especialmente na área infantil, colorir mandalas (formas circulares que representam Deus, o ser humano, a vida e a criação), comprovadamente tranquiliza crianças nervosas, reduz tensões e faz desaparecer medos adormecidos no subconsciente por causa do relaxamento a que são conduzidas.Neste estado de meditação a criança dá um passo para o desenvolvimento do núcleo da personalidade, o próprio Eu.Inédito no Brasil como forma terapêutica para crianças, esta abordagem já é usada em vários países da Europa, onde, em inúmeras escolas, pintar uma mandala antes de aulas que requerem concentração prepara as crianças para assimilar melhor o conteúdo didático. É dirigido para crianças a partir dos 6 anos de idade.



MENSAGEM DA SEMANA


"Todas as flores do futuro estão nas sementes do seu sorriso,e do seu amor por mais dura que seja sua angustia,tenha sempre uma flor reservada para alguém que está precisando sentir seu perfume"
"As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e,quando não as encontram, as criam."
"Se você está desesperado ou apreensivopor causa de problemas financeiros,amorosos ou até de relacionamento familiares,respire fundo antes de qualquer coisa.Em seguida, procuce buscar no seu interior a resposta para se acalmar e seguir adiante . Afinal de contas, você é o reflexo do que pensa diariamente"

ALGUMAS FOTOS DA FLIP-2009




FLIP-2009